segunda-feira, abril 21, 2025
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É a paixão que manterá vivo o Mogi

O coração mogimiriano está em constante ameaça de parada. A luta pela sobrevivência terá novo episódio com mais uma assembleia

Qual a força de uma paixão? Parece um clichê. Faz lembrar um nome de baixa criatividade dada a uma novela. Mas é um questionamento importante quando falamos de patrimônios. Sobretudo, os imateriais. Aqueles que não pegamos. Mas, que muitos se apegam. O Mogi Mirim Esporte Clube é um destes bens.
E há abnegados que dedicam tempo e outras virtudes para salvar um clube da extinção. O Mogi Mirim convive há anos com o corredor da morte. Um processo que reúne diversos personagens. E, como nas famigeradas novelas, conta com mocinhos e vilões. Um capítulo importante desta história será escrito na próxima semana. Nas páginas desta edição, falamos sobre mais uma assembleia que visa a destituição do atual presidente e a escolha de representantes para a condução de um necessário rito de reconstrução da agremiação.
O alvo é Luiz Henrique de Oliveira, dirigente que se tornou o expoente de uma das piores fases de um clube brasileiro. Apesar do vitimismo exclamado por ele, se sair da trama, sairá tarde. E a afirmação já vale apenas pela incompetência desportiva, provada pelos inúmeros rebaixamentos e pelo ápice de levar um clube ao ostracismo após 42 anos seguidos de firmação no profissionalismo estadual e nacional.
Mas, não basta tirar o clube das mãos de Oliveira. O Mogi precisa voltar a ser o senhor de sua história. É uma agremiação que está acima de qualquer um que cogita comandá-lo. As pessoas passam. A história e o patrimônio ficam. Ou devem ficar. O Sapão precisa não apenas de um projeto de retomada profissional. É necessária a reconstrução de uma marca que se transformou em sinônimo de dívidas e caos.
A batalha é árdua. E, até mesmo, uma eventual frustração com mais uma tentativa de mudança não pode apagar a chama. A paixão é o que dá a esperança de que não haverá desistência. A paixão é um dos sentimentos mais fortes. Não que possamos medi-lo, como questionamos no início deste editorial. Porém, quem nega a sua intensidade?
É através desta força, deste sentimento, que o clube vive ao menos a chance de voltar a estar em mãos mogimirianas. De reescrever a sua história. Um enredo que começou em 1903 através de personagens que plantaram uma semente. E que, muito provavelmente, não imaginavam que o vermelho escolhido para identificar o clube seria a cor que moveria a paixão de tanta gente. Agora, após anos de tormento, que o branco que complementa o escudo mogimiriano finalmente seja da paz que o clube tanto precisa para se reerguer.

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