sábado, novembro 23, 2024
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É cedo ou tarde demais? Por Felipe Vidolin

Após estacionar bons anos na casa dos 50, 60 e 70 mil pontos, o principal índice da Bolsa de Valores atingiu nessa semana seu maior recorde, chegando aos 81 mil pontos. Isso somente foi possível com a grande captação de ativo estrangeiro no país e as boas perspectivas econômicas para o futuro. Alguns pontos merecem certa diligência do investidor para os próximos passos da Bolsa, como a questão política, julgamento do ex-presidente Lula, já que será um ano de eleição, e o rebaixamento pelo S&P (Standard & Poor’s) da nota de crédito do Brasil de “BB” para “BB-”. Com isso, o rating do país segue sem o selo de bom pagador, mas agora três degraus abaixo do grau de investimento. Esse fato não mexeu muito com o mercado, entretanto, outras agências de risco podem revisar a nota brasileira. A bolsa pode até “antecipar” esses fatos, pois há fortes indícios que grande parte dos fatos está precificada.
Com isso, o pequeno investidor paira sobre a seguinte dúvida: “Chegou a hora de surfar essa onda ou já é tarde demais para aproveitar a valorização das ações?”.
Se esse tipo de resposta fosse tão simples, muitas pessoas hoje estariam felizes e vivendo dos frutos da Bolsa. Todavia, como sempre digo, uma pitada de cautela e uma dose cavalar de fundamento não farão mal a ninguém.
O bom momento que a Bolsa vem passando é por conta de que o cenário esperado à frente antecipa um retorno do crescimento econômico combinado à queda dos juros. Mas, provavelmente, nesse momento não seria uma boa oportunidade para investir em renda variável para aqueles que estão fora do mercado, ou com pouca experiência em renda variável, pois a euforia do mercado chama a atenção de quem está de fora, mas quem está dentro pode realizar os lucros com esse movimento. Não há exatamente um momento certo para se investir na Bolsa, quem quer investir na Bolsa deve investir sempre, com constância, sem esperar, na maioria das vezes, o resultado no curto prazo. O que deve importar é o desempenho das empresas e não a montanha russa da Bolsa.

Por Felipe Vidolin Pós-Graduado em Engenharia de Telecomunicações e investidor

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