quarta-feira, setembro 18, 2024
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“É um tanto descabida”, diz presidente do Saae sobre aumento na conta de água

Após intensas reclamações de munícipes descontentes com os preços nas tarifas de água, situação vista na cidade há cerca de dez dias, o presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (Saae), Rodrigo Sernaglia, elucidou a situação. Em entrevista ao programa Em Discussão, formado por jornalistas de O POPULAR e A Comarca e veiculado no perfil facebook.com/emdiscussao, o mandatário contestou as reclamações e explicou o sistema de cobrança em vigência na autarquia. Segundo ele, isso está atribuído à estrutura tarifária adotada pelo Saae e também a hábitos de consumo da própria população, sobretudo em períodos de forte calor.

“Essa reclamação, que de alguma forma parece generalizada, é um tanto quanto descabida. Esses reflexos no aumento da tarifa de água são muito concentrados, muito dispersos, você tem aumento em determinado mês, no mês seguinte você não tem. Eu insisto sempre em uma coisa, todos nós temos alguns hábitos de consumo e esses hábitos muitas vezes se alteram em épocas do ano.

Rodrigo Sernaglia concedeu entrevista aos jornalistas do programa Em Discussão, na última semana. (Foto: Diego Ortiz)

A elevação de temperatura, que é o caso que vivemos hoje, é uma coisa que é muito comum, temos também o período de férias escolares, que há uma elevação”, explicou, completando que nesta época os cidadãos costumar tomar mais banhos e lavar roupas em cargas extras, o que aumenta o consumo de água. “São os hábitos de consumo que as pessoas têm e muitas vezes não percebem essas pequenas alterações. E pequenas alterações neste sentido são responsáveis pelo aumento do consumo do valor da fatura de água”, comentou.

Tarifação
Sernaglia detalhou que a autarquia segue um molde de cobrança dividido por categorias. “O Saae tem uma estrutura tarifária que, em tese, tem a intenção de premiar os consumidores até um determinado nível de consumo, que é até o 15º metro cúbico de água, é um preço que sequer paga os custos do tratamento de água.

A partir do 16º metro cúbico de água, esse preço se eleva mais de quatro vezes, então muitas vezes o consumidor que tem lá um consumo que gira em torno de 10 a 15 metros cúbicos, se tiver um acréscimo de 20%, 25% no consumo, a conta vai dobrar por causa da estrutura tarifária, que tem por sua vez o propósito que chamamos de subsídio cruzado, que quem gastar mais vai subsidiar aquele que consome menos, que tem menos condições”, disse.

Sernaglia abordou molde de cobrança dividido por categorias. (Foto: Diego Ortiz)

“Então o preço até o 15º é inferior aos custos do tratamento, a medida que a partir do 16º metro cúbico o valor se eleva para compensar essa defasagem inicial. Evidente que ninguém quer pagar conta alta, mas acho que é necessário e importante que o pessoal entenda a estrutura de tarifação do Saae”, alertou.

Atualmente 60% dos consumidores da autarquia estão enquadrados nessa faixa inferior a 15 metros cúbicos. “Então essa reclamação generalizada, ela não é verdade. Se ele tem uma elevação de 12 para 13 metros cúbicos, a diferença na conta é muito pequena. Essas elevações mais significativas são para quem ultrapassa a faixa dos 16 metros cúbico”.

Sessam
Sernaglia revelou ainda uma conversa com o presidente da Serviços de Saneamento de Mogi Mirim (Sesaam), a respeito do contrato celebrado entre a concessionária responsável pelo tratamento de esgoto da cidade e a Prefeitura. No diálogo, feito logo no início da gestão do prefeito Carlos Nelson Bueno, o presidente afirmou ter solicitado a repactuação do contrato, o que se torna inviável devido ao acordo celebrado.

“A gente não pode descartar nada. Ele (presidente da Sesamm) tem um contrato que assegura aquele recebimento, foi feito em comum acordo, houve licitação, ele não tem porque abrir mão de receber aquilo que tem direito de receber. O acionista não vai abrir mão”, relatou.

O presidente admitiu que a Sessam representa o maior custo do Saae, mas que o reajuste da tarifa de água neste ano, de 9,44%, determinado pela Ares PCJ, agência reguladora da autarquia, aconteceria independente do contrato.

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