Estamos cada vez mais próximos do pleito eleitoral em nossa cidade. Na quarta-feira, 4, estaremos a apenas sete meses do derradeiro dia para os próximos quatro anos de Mogi Mirim. Falamos – e falaremos muito – por aqui sobre a dança pela cadeira de chefe do Executivo. Mas, é importante dar espaço também para o nome que aparece menor na cabeceira da chapa.
Em um país que desvaloriza vitórias, mas demonstra ainda mais repulsa pelo segundo lugar, o olhar para os vices são desinteressados. Entendem-se, até certo ponto, em pelejas esportivas. Porém, quando falamos em eleição e política, devemos respeitar um pouco mais.
Em nossa ainda jovem democracia, dos cinco presidentes eleitos pelo voto direto, dois foram depostos e foram seus vices quem conduziram o país. E na eleição anterior, ainda indireta, Tancredo Neves morreu antes de assumir o país e José Sarney foi o presidente do Brasil.
No caso mais recente, Michel Temer ganhou ainda mais foco, já que foi peça importante na queda de sua antiga aliada, Dilma Rousseff. No cenário estadual, não são raras as vezes em que o governador abandonou o Palácio dos Bandeirantes na busca por um lugar no Planalto, deixando São Paulo nas mãos dos vices.
O posto não é uma mera posição de linha de sucessão. O sucesso de quem pretende ganhar uma eleiçaõ, muitas vezes, passa por este posto. Em 2002, Lula só ganhou a confiança de uma determinada classe ao colocar como vice alguém visto com carinho pelos aristrocatas, José Alencar. Amostras gerais nos trazem à realidade local. Os candidatos a prefeito muitas vezes escolhem candidatos a vice com duas condições. Aquele capaz de atrair votos e aquele que não vai atrapalhar. Dificilmente se foge desta regra. E, quem a descumpre, não costuma se sair bem nas urnas.
Nesta semana, uma voz importante confirmou presença na disputa majoritária. O ex-prefeito Paulo Silva garante que será vice na chapa encabeçada pelo ex-vereador Luizinho Guarnieri. Seria, o prefeito entre 1997 e 2004, capaz de puxar ou repelir votos? É um assunto para as rodas que amam debater política pela cidade. Certo é que os demais pré-candidatos estão na caça por bons nomes para vice. Por figuras em que possam confiar a Prefeitura ao sair, por inúmeros motivos.
O vice não é um vaso de canto. É uma carta importante na jogatina política. Por isso mesmo é que há quem cante por aí que CNB analisa mais de 20 nomes para a posição. Ela é estratégica e todos os potenciais candidatos estão de olho nela. Mesmo que seja para blefar agora e ser exatamente o vice de outrém…