Dona de casa, corretor de imóveis, advogado, metalúrgico, costureira, médico. Etc, etc e etc. Poucas situações expõem a máxima de que somos todos iguais quanto o fato de que, não importa a função, todos tiveram contato com professores. Claro que a exceção que confirma a regra demostra que ainda é triste saber que há crianças e adolescentes fora do ambiente escolar.
Mas, em suma, a grande maioria dos brasileiros tiveram – ou tem – experiência em escola, o que torna algo comum em especial: a importância do professor. Neste sábado, dia 15 de outubro, celebramos mais uma vez a data reservada a reverenciar este profissional. Claro que este não é um Editorial inédito. E ele sempre se repetirá. Afinal, nunca é exagero exaltar o quanto os educadores são vitais para uma comunidade.
Pode ser no maternal ou no pós-doutorado. Em qual estágio da vida for, o professor é uma bússola. Muitas vezes, vai além do papel de ensinar e também cria. Vira pai, mãe, irmão mais velho. Se torna um líder, um guia. Usa do dom de ensinar para somar à vida de crianças, jovens, adultos e idosos – como em projetos iguais à EJA.
Nunca devemos nos cansar de “chover no molhado” ao exaltar os professores porque eles se doam para o desenvolvimento da sociedade como poucos. E, a gritante maioria, ganha muito pouco pra isso. Pode ser o professor de história, o educador físico ou a “tia de matemática”.
Infelizmente, por mais fundamentais que sejam, vivem do básico sendo que deveriam ter reconhecimento financeiro superior ao de muita gente por aí. Que o diga muitos políticos, outra classe que precisou de professor um dia e que, na maioria das vezes, pouco olha para a Educação.
Vejam o atual corte do Governo Federal para as universidades. Por pressão, revogado, mas são anos e anos de sucateamento do ensino no país. De uma Educação que ainda privilegia os ricos, como quase tudo nesse país que sempre teve uma elite que buscou dar universidade no exterior aos seus filhos e proibir os filhos dos empregados de ter acesso ao conhecimento.
Oras, em 14 de janeiro deste ano completou 185 anos da 1ª Lei de Educação do Brasil, que trazia a seguinte redação: “São proibidos de frequentar as escolaspúblicas: Primeiro: Todas as pessoas que padecem de moléstias contagiosas. Segundo: os escravos e os pretos africanos, ainda que sejam livres ou libertos”.
Mesmo com todas as adversidades que a injustiça social causa, lá estão os professores batalhando, dia a dia, para que crianças e adolescentes tenham o máximo de chance do que chamamos de “vencer na vida”.
Mesmo diante de tantos obstáculos e falta de incentivo, lá estão estes heróis. É por isso que sempre, sempre é bom se levantar da carteira, pedir a palavra com educação, olhar nos olhos de quem lhe ensina e dizer: Com carinho, mestre. Muito obrigado!