sábado, novembro 23, 2024
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Editorial: Contra uma sociedade suicida

No Brasil, desde 2015 o mês de setembro é lembrado em formato de campanha em massa por um assunto cada vez mais importante. O “Setembro Amarelo” foi instituído com base no Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, definido como o dia 10 de setembro. E este é um tema do qual precisamos estar sempre preparados para conversar.

O mundo costuma se foi um lugar de pessoas que olham mais para si do que para o próximo. Ensinamentos para que o contrário disso se tornasse uma doutrina até foram repassado por aqui, mas até alguns dos propagadores das palavras dos livros em que isto foi registrado parecem se importar mais com o próprio umbigo.

O desespero para aumentar o capital ou a necessidade geral de garantir o sustento de si e dos familiares gerou uma geração apressada, escrava do trabalho e incapaz de observar os flagelos de quem está ao redor. A depressão é uma destas doenças nocivas e ignoradas por muitos. Alguns, ainda caem na diabólica dialética de que é apenas uma frescura.

O suicídio cresce cada vez mais. Mas abala cada vez menos. Quando foi que transformamos o advento de uma sociedade que tira a própria vida como um “novo normal”? Temos a obrigação de ficar atento a este tema.

Muitos de nós vivemos conflitos silenciosos, combatemos adversidades obscuras. Até tentamos gritar, mas, ao redor, o egoísmo ensurdece aqueles que poderiam ajudar a matar o problema na raiz. E evitar que se matar seja a solução.

Enquanto gastamos energia com discussões na internet e que não levam a lugar algum, ou com a desesperada cultura do cancelamento, abrimos ainda mais portas para que mais pessoas entrem no nebuloso caminho até o suicídio.

Precisamos discutir este tema a fundo. Precisamos falar mais sobre o quanto estamos deixando de cuidar um do outro. E do quanto estamos mais preocupados em rotular os outros sem conhecer seu verdadeiro conteúdo.

O “Setembro Amarelo” é uma ótima oportunidade para lançar toda esta treva à luz. Mas estas campanhas bastam? É preciso ir além e garantir que o sofrimento de cada indivíduo seja visto como se deve, como algo a ser resolvido. Nem que seja com uma simples conversa e com um pouco de atenção e carinho.

Remédios gratuitos, que estão em cada um de nós, mas escondidos em nosso egocentrismo. Contra o suicídio, há uma solução óbvia demais para ser vista por um povo cego por poder, dinheiro e outros pecados. A solução é sempre o amor. O amor ao próximo!

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