Estamos todos preocupados com a Covid-19. E não é para menos. Afinal, esta doença veio, virou pandemia e tirou a Terra do eixo. Não podemos esmorecer na batalha contra o novo coronavírus e manter as medidas de prevenção é fundamental. Temos que seguir se cuidando e cuidando do próximo.
Mas e quanto a outros problemas? Sobretudo de saúde, claro. A dengue é uma delas. Estamos em um momento aparentemente controlado da doença que já causou muito estrago em Mogi Mirim e região. Só que não custa nada uma boa dose de cautela.
O Aedes aegypti continua por aí, transmitindo uma doença que não só causa complicações na saúde de muita gente – levando alguns à morte, como também agora é agravada por confundir muitos quanto ao seu diagnóstico. Alguns dos seus sintomas se assemelham aos da Covid e este é um motivo muito justo para intensificarmos o cuidado contra ela.
Em tempo. A dengue é um desses problemas coletivos que evidenciam o quanto queremos ser amplamente curatelados pelo Estado. Há décadas sabemos como evitá-la. Os cuidados foram ensinados massivamente e não há motivo no mundo para que ainda vacilemos, deixando água parada seja no lugar que for.
Ainda assim, quando a doença se espalha, assistimos a inúmeras críticas contra prefeituras e outros poderes. O Poder Público tem culpa? Oras, vivemos no Brasil. Infelizmente, não fomos expostos a gestões que nos permita confiar uma mão. Mesmo assim, não dá para jogar toda a responsabilidade às gestões, sobretudo quando o assunto é um que estamos há anos treinados para combater.
E tem muito mais do que a dengue. Até porque, apenas pelo Aedes aegypti, há ainda a zika e o chikungunya. Temos que nos prevenir de outras doenças transmissíveis, como as sexualmente. AIDS, HPV, sífilis… Também estamos aptos à precaução, mas, nos últimos anos, vemos menos campanhas e mais descuido, sobretudo dos jovens. A proteção está aí, é acessível, é de conhecimento e não dá para reclamar depois.
O mesmo vale para cuidados mais íntimos. Sempre atentos à Covid-19, não podemos deixar de estar alerta a outros sinais. Temos meses com programas sobre a prevenção ao câncer de mama e ao câncer de próstata. Homens, se cuidem! As mulheres costumam estar mais atentas e, por isso, vivem mais e melhor. Mesmo assim, todo cuidado é pouco.
E ainda temos que ficar sentinelas a problemas mais recentes, com destaque à depressão. Em meio à pandemia, aliás, esta é uma preocupação que merece envolvimento e muita compaixão. Na maioria das vezes, assistimos pessoas que amamos se definhando por dentro sendo que, por fora, a casca é dura. Pura aparência. Isto vale para as drogas também. Enfim, é momento de utilizar a atenção que a Covid-19 merece e que não pode parar para nos cuidarmos mais. Para se cuidarmos mais. Para vivermos mais. E melhor.