Não sabemos até que ponto a Covid-19 pode chegar. Qual o tamanho do estrago que será causado por esta pandemia. O surto em escala global é inédito para a nossa geração. Encontra parâmetro, talvez, apenas na Gripe Espanhola, que se originou nos Estados Unidos no final da década de 1910 e que matou milhões de pessoas em todo o planeta. Uma pandemia que surgiu em um período diferente da atual, em meio a uma das grandes guerras mundiais.
O cenário atual pode até conter discursos bélicos, mas sem enfrentamentos armados em nível mundial. O grande combate é contra o novo coronavírus e a batalha é de todos nós. É um momento tão ímpar, que merecia um discurso unido e sem demagogia, das principais figuras políticas da cidade. Imaginem Carlos Nelson Bueno, Ricardo Brandão, Paulo Silva e outras figuras importantes da vida pública mogimiriano atuando em sintonia, em meio a um momento tão complicado?
A CNB, já coube a missão de ser o prefeito de Mogi no auge desta crise de saúde pública. Porém, mesmo que não tenham cargos públicos no momento, Brandão e Paulo vislumbram conduzir a cidade a partir de 2021. RB, de forma direta, como chefe do Executivo. Paulo, como vice de Luizinho Guarnieri. Em um momento tão distinto para a humanidade, ver mais humanismo e menos política seria um sopro de esperança em tempos de revanchismo eleitoral. De discursos quase sanguinários contra quem pensa o contrário quando o assunto é política. Sobretudo em nível nacional.
As figuras que escolhemos para nos representar em um cargo público não são gladiadores que lutarão até a morte contra um inimigo, em uma arena lotada de bárbaros. São apenas figuras que indicam o viés que entendemos ser o correto para administrar a cidade, estado ou país. Isso jamais deveria significar que o outro ponto de vista não serve. Apenas que é diferente do seu.
A união de forças em um momento delicado como este pode dar um norte importante para quem vive sob a equivocada premissa de rivalidade político-ideológica. Poderia até ser simbólica, mas, em uma fase de nossa história que precisa de forma urgente exatamente de união para combater uma doença, um pouco de simbolismo não fará mal. Pelo contrário.
Acima de qualquer ideologia, partidarismo e interesse pessoal, está o bem estar de cada mogimiriano. Está a saúde de todos nós. Não sabemos como será o amanhã em meio a esta pandemia. Só sabemos que precisamos estar unidos em um só viés. O de poupar vidas. O de preservar a quem amamos. Creio que, nesta batalha, não há “carlosnelsismo”, “brandãozismo” ou “paulosilvismo”. O que precisa existir é humanismo e, só assim, saíremos desta crise histórica com o menor índice possível de sofrimento.
