sábado, novembro 23, 2024
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Editorial: Falta energia e sobra irritação

Não é de hoje que os mogimirianos sofrem com o fornecimento de energia elétrica. Picos, variações, apagões. Não são poucas as reclamações sobre a atuação da Elektro em nossa cidade. A lista ainda tem problemas como podas preventivas de árvores, troca de postes de madeira por postes de concreto, manutenção preventiva da rede elétrica, demora no atendimento de requisições de clientes, burocracia no atendimento ao cliente…

Tanto é que, vez ou outra, vereadores vão à tribuna da Câmara Municipal para criticar o serviço e o vereador Magalhães (PSDB), fez, neste ano, requerimento convocando representantes da empresa Elektro para uma sabatina no plenário. Está mais do que óbvio que é preciso ter melhorias e mais carinho da empresa.

Segundo o site oficial da concessionária, 223 cidades do Estado são atendidas pela Elektro, além de cinco do Mato Grosso do Sul. Óbvio que não é fácil, mas esta obrigação foi concedida à empresa, que tem o dever de entregar este produto fundamental da melhor forma possível em todos os lugares e Mogi Mirim é uma delas. E queremos respeito. Afinal, pagamos e muito caro pela energia elétrica.

E é triste imaginar o quanto estamos aqui sofrendo por algo que estamos entre os pioneiros. Mogi Mirim está entre as cidades que há mais tempo conta com uma central hidrelétrica. Segundo a obra “O papel das primeiras usinas hidrelétricas na urbanização do Estado de São Paulo”, de Débora Marques de Almeida Nogueira Mortati e André Munhoz de Argollo Ferrão, a usina da Cachoeira de Cima, pela Empresa Água, Luz e Força de Mogi Mirim, inaugurada em 13 de novembro de 1909, é a 28ª mais antiga do Estado.

Eram outros tempos, mas, pela quantidade de vezes que as luzes se apagam, sobretudo no Centro, parece que vivemos em 1908. E as consequências deste problema? As empresas, dependentes de seus sistemas eletrônicos, beiram à pane. Os eletrodomésticos ficam sempre em risco e o prejuízo é uma constante. E os prédios que contam com elevadores? É sofrimento atrás de sofrimento.

E o caos no setor energético não é privilégio de Mogi, óbvio. Com o descaso cada vez maior com a natureza, o clima está em colapso, o aquecimento domina e as secas estão prontas para se tornarem normais. Quanto menos chuva, mais escassez de água e, por consequência, problemas na distribuição de energia, já que o Brasil, como sempre, ama parar no tempo e não investir em pesquisa e tecnologia.
Temos que cuidar do que é nosso e fazer a nossa parte. Porém, a Elektro, que fatura e muito bem sendo responsável por prestar este serviço para nós, não tem feito um atendimento à altura. Queremos mais qualidade na distribuição de energia elétrica e mais ação por parte de quem pode fazer a diferença junto à empresa da qual somos dependentes.

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