Estamos assistindo, há alguns dias, mais um episódio deplorável protagonizado pelo ser humano em sua passagem na terra. O conflito entre a Rússia e a Ucrânia não tem lado certo. Inclusive das nações ligadas a esta guerra de forma indireta. Todo ser, favorável, de alguma forma, a uma disputa que resulta em mortes, sobretudo de inocentes, está longe de ser humano.
Não vamos entrar aqui no mérito entre as duas nações envolvidas e nem explorar minuciosamente os interesses dos países ligados ao caso, como EUA, China e membros da União Europeia. Fato é que, mais uma vez, a briga por domínio econômico, por território, por poder, por influência causará destruição, morte e dor.
E é incrível como tudo isto está fatalmente ligado ao patriarcado. Desde que “o mundo é mundo”, a grande maioria das lideranças dos povos é composta por homens. E quanto mais a gente se afunda enquanto uma raça humana que deveria ser una, irmã e solidária ao próximo, mais fica evidente o quanto nos fez falta mais líderes mulheres.
Perto de celebrarmos mais uma edição do Dia Internacional da Mulher, desejamos que as mulheres tenham cada vez mais voz ativa na política. Mogi Mirim dá passos interessantes, com uma presidente mulher na Câmara Municipal, sendo a mais votada em toda a história da cidade. E ela tem mais quatro colegas na Casa de Leis, um número expressivo diante do cenário histórico, mas ainda baixo perto das 17 cadeiras legislativas.
E vamos além. Precisamos de mais mulheres na política estadual e em nível nacional. No Congresso e nos ministérios. Elas entendem o papel de governar, de guiar, de investir e economizar, de coordenar, cobrar e incentivar. E sabem também como é o coração de mãe, de busca por igualdade para todos os filhos e não apenas para “os preferidos”. Sabem amar, perdoar, relevar e brigar. É claro que o simples fato de ser mulher não a impedirá de errar, falhar e até roubar.
O simples fato de ser mulher não significa que não terá visões egoístas, baixas e corruptas. Mas já experimentamos tantos séculos de domínio masculino, então vale a pena darmos mais espaço para que as mulheres ocupem posições decisivas para a sociedade em geral. Já vimos que o excesso de testosterona nas cadeiras que guiam o mundo resultou em dor, em desigualdade, em tortura e morte de inocentes nos quatro cantos do planeta. A ânsia do homem por controlar, por mandar, por sentir o cheiro de pólvora como se isto lhe garantisse mais masculinidade transformou a Terra em um lugar ruim, triste, nebuloso.
Que as várias faces da mulher, guerreira e romântica, de pulso firme e protetora, hábil com mil tarefas, possam representar as virtudes das novas lideranças, inclusive, dos homens, que devem, cada vez mais, se espelhar em cada uma das maravilhas que as mulheres carregam para que o nosso bairro, a nossa cidade, o nosso país e o mundo todo seja cada vez mais um lugar de paz e não de machões de egos feridos que descontam a raiva em quem não pode se defender. Viva as mulheres. Vivam, mulheres.