sexta-feira, março 7, 2025
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EDITORIAL: O futuro pelas mãos dos historiadores

Festas como o aniversário de uma cidade nos lembram do papel fundamental de quem resgata as histórias do passado

Mogi Mirim celebrou nesta semana os seus 250 anos. A chamada ‘data redonda’ mobilizou diversos setores da sociedade, sobretudo do Poder Público. O calendário de festividades tomou praticamente todo o ano e o mês de aniversário foi recheado de atrações. Ponto positivo para o respeito à história. Esta é a lição máxima que precisamos tirar de uma data tão importante como a chegada de uma cidade ao seu 250º aniversário.
Como debatido em matérias e por especialistas no assunto, Mogi simplesmente não nasceu em 1769. O povoado já existia. Os laços históricos da hoje cidade vão daqui até outros cantos do estado, como a região de Franca. Geograficamente, éramos gigantes. Surreal imaginar a manutenção destes limites nos dias de hoje. Assim como é peculiar ver Mogi Mirim celebrar a ascensão à condição de Vila e não necessariamente a emancipação, que ocorreu há 170 anos.
Não há padrão nacional para definição da data de aniversário de um município. Assim, vivamos intensamente, sempre, o nosso 22 de outubro. Um sentimento que só é renovado a cada ano graças ao trabalho de historiadores de ontem e hoje. Um povo que não respeita as suas origens está fadado ao fracasso. A ser engolido no futuro. Seja lá pelo o que. Mesmo que seja pelo puro orgulho de não dar valor ao que veio antes de nós. Ao que nos formou. Ao que nos fez chegar onde estamos.
Valorizar o trabalho de quem escava informações preciosas é de suma importância. E a cidade está, com sorte, cheia de figuras com gabarito para falar sobre o passado. Nelson Patelli Filho, um dos nossos colunistas, que retrata tão bem episódios de tempos atrás em nossas páginas, é um destes exemplos. Mas, há outros. Em outros veículos de comunicação. Nas áreas de arte e educação. São tantos os nomes que a injustiça é latente.
Melhor realçarmos o respeito pelo trabalho de quem nos traz o que houve no passado. Mogi Mirim e suas várias facetas atuais estão conectadas inerentemente a situações construídas lá atrás. Não somos, à toa, a Cidade Simpatia. E não podemos perder esta marca jamais. Mogi Mirim é uma cidade de vanguarda na área econômica. Já foi referência em citricultura e hoje cresce cada vez mais na área de serviços.
Vejam que as identidades podem ser mantidas ou sofrer mutações. Mas, há sempre uma referência histórica que nos prova que há um respeito pelo nosso DNA. É com o olhar para o nascimento de Mogi Mirim que podemos ver um futuro melhor. Todos os votos de felicidades à nossa querida terra. E a salva de palmas para aqueles que nos oferecem a oportunidade de saber em que dia podemos bradar estes parabéns!

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