terça-feira, dezembro 3, 2024
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Editorial – O que podemos fazer para melhorar o clima?

“Nossa, mas nunca vi fazer tanto calor”, “que tempo maluco hein?” ou “São Pedro tá estilo funcionário do mês, nem metade de janeiro e já atingiu a meta”. Estas e outras frases similares inundam desde os papos entre desconhecidos como os que envolvem amigos, colegas de trabalho ou familiares.
Fato é que não podemos ignorar o quanto o clima no planeta mudou. E para pior. Para “maluco”, como na frase acima. E ainda temos que nos conformar e sempre creditar a nós, homens, a responsabilidade por este cenário. É por conta das nossas ações, sobretudo as gananciosas, para expansão de poder e dinheiro, que década após década o mundo em que vivemos sofreu com os impactos das mudanças climáticas.

Por aqui, é cada vez mais habitual conferir córregos transbordando em dias de chuva intensa. Pequenos rios que, em épocas mais secas, sofrem com o inverso e quase que não vertem água, de tão escassos. Os muros também não aguentam a força da natureza, entre outros danos deste tipo.
Temos ainda registros mais frequentes de quedas de árvores, inclusive de grande porte, gerando avarias materiais, em carros, por exemplo, e a exposição de pessoas a acidentes graves e até fatais. E qual a solução? Derrubar as árvores? É claro que não! Aliás, precisamos de maior investimento em arborização para criar um contraponto com a escalada do aquecimento. Oras, a natureza do lugar em que vivemos não é asfalto, é terra. Não são
postes, são árvores. Não são fios, são aves. E por aí vai…

A mata ciliar, por exemplo, é fundamental para dar equilíbrio aos rios, córregos e riachos, absorvendo a água e seguindo um fluxo mais do que natural não só para o meio ambiente, como para evitar caos ao homem, como enchentes. Só que, além de desmatar, ainda não temos o cuidado de rearborizar de forma adequada e pior, lançamos lixo, entulho e o que mais for, emporcalhando as encostas e depois reclamando dos alagamentos.

Os bueiros também vivem cheios de sujeira. A pessoa está ao lado de uma lixeira e lança a bituca de cigarro no asfalto. Temos que nos preocupar, sim, com cada detalhe aparentemente insignificante. E, claro, apoiar medidas grandes também. Não há chance de passo para trás na política internacional quanto a ter o meio ambiente como prioridade para as próximas décadas.

E o Brasil, por sua riqueza natural, tem potencial para liderar este movimento. Podemos, ao mesmo tempo em que reduzimos os danos de séculos de destruição da biosfera, angariar força para alçar o país para uma posição de destaque que contribua com o investimento, gerando mais renda e recursos para nossas empresas e, principalmente, o que mais importa: os seres humanos.

É importante lembrar, por exemplo, que a alta das queimadas na Amazônia trouxe fumaça para São Paulo! As ações que tomamos aqui, refletem acolá. E a recíproca é verdadeira. Por isso é preciso que haja união entre os mais diversos setores da sociedade para, primeiro, tornar Mogi Mirim uma cidade melhor do ponto de vista do meio ambiente para que, este passo dado aqui, gere reflexos positivos para o resto do país e do mundo.

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