Estamos cada vez mais próximos de fechar as portas para 2020 e se abrir para 2021. Vivemos um ano atípico, com a batalha global contra um inimigo invisível: o novo coronavírus e a doença causada por ele, a Covid-19. Encaramos alterações em nossas rotinas que jamais imaginávamos.
O ponto mais importante desta luta foi e sempre será pelas vidas. Infelizmente, milhões delas foram perdidas em todo o mundo. No Brasil, mais de 170 mil. Aqui em Mogi Mirim, dezenas de famílias se despediram de forma precoce de entes queridos. Outras, passaram pelo sufoco, a dor, a incógnita com parentes internados.
E ainda estamos nesta. Temos amigos, familiares, colegas de trabalho e de outros vínculos sendo internados, contraindo esta doença que precisa ser erradicada o mais rápido possível. Que venha logo uma vacina, seja de onde for, com eficácia garantida para nos permitir mais uma vez abraçar quem amamos.
Porém, há notórios efeitos colaterais desta pandemia. E entre eles está o nosso suporte ao comércio e à indústria local. O fechamento sumário de estabelecimentos, por mais que cumprisse um papel importante diante da necessidade de isolamento social, foi muito mal conduzido em um país em que o atual presidente e os atuais governadores estão completamente despreparados para cuidar de vidas em todos os sentidos. Todos erraram.
Partidarizaram uma situação de caos humanitário e permitiram não apenas as mortes de brasileiros, como também de inúmeras empresas. E chegamos a mais um momento de medo pela alta nas contaminações.
Jamais poderíamos ter menosprezado esta doença, sobretudo já conhecedores de sua força.
Mas, desgovernados, corremos o risco de ver, novamente, nosso comércio fadado às portas fechadas. E em uma época tão importante para este setor.
Se as esferas superiores não cuidam bem de nossos empreendedores, que o futuro prefeito Paulo Silva coloque entre as suas prioridades os nossos comerciantes, que geram emprego e renda a uma fatia gigante da população.
Um povo que precisa deste ganha pão para sobreviver. Que possamos ter condições de mesclar o cuidado pela vida ao zelo pelos nossos negócios. E que, independente do contexto pandêmico, em 2021 tenhamos um governo que mire na geração de emprego e na melhora das condições a quem empreende. É claro que saúde e educação são prioridades. O social precisa ser olhado com extremo carinho.
Mas também precisamos de melhores condições para que os nossos negócios evoluam. Dê mais oportunidade para que nosso comércio melhore suas ofertas. E não falamos apenas de preço. Falamos em qualidade estrutural, falamos em qualidade no atendimento.
Evoluídos neste quesito, que possamos ser uma cidade com mais oportunidade. E, quem sabe, com mais igualdade.