A maioria dos leitores de jornal impresso entende que o ‘Editorial’ é o espaço de opinião do veículo. Mais do que dos profissionais que nele trabalham, seja com reportagens, seja com análises, é a área em que o meio de comunicação, enquanto instituição, emite a sua posição sobre os mais variados assuntos.
Não é, no entanto, local de posicionamento meramente contrário a algo. E hoje é dia de reconhecimento, de reverência, de aplausos. Vamos falar de Cultura, em especial, de duas instituições de relevância histórica, mas que fazem muito pelo presente e, principalmente, pelo futuro da nossa cidade.
A Instituição de Incentivo a Criança e ao Adolescente (ICA) e a Lyra Mojimiriana. A primeira, criada em 1997. A segunda, tem seu início oficial datado de ainda mais tempo, em 10 de agosto de 1985. Sempre que abrimos um espaço para tratar bem que faz tão bem à sociedade, cometemos a falta com outras instituições, companhias, pessoas mesmo, que trabalham para aquele determinado setor.
Não se sintam mal pela ausência de destaque neste texto. Cada trabalho tem sua importância para a sociedade e, no caso da Cultura, o importante é seguir batalhando por ela. Nosso espaço é reduzido para tantas colaborações, principalmente de que faz esforços hercúleos para garantir a manutenção de atividades tão vitais para a sociedade. Mas, hoje, vamos queremos destacar o ICA e a Lyra.
O primeiro, por sua aparentemente eterna gana em expandir as ações e atingir Mogi Mirim toda com a inclusão das pessoas mais necessitadas em seu rol de atividades. A construção do prédio do polo do Jardim Planalto é mais um sinal de que o legado de Sofia Idalina Mantovani Mazon, fundadora do ICA, é totalmente compreendido. Sabemos que há projetos para polos modernos, ao menos, na Zona Leste, e, de alguma maneira, é mais uma vez a sociedade civil chegando onde o Poder Público não consegue ou não pretende chegar.
A oferta de cursos de teatro, de dança e até de esportes como o badminton mostram como o conceito é dar a quem vive em vulnerabilidade social exatamente aquilo que é o rotineiro para crianças e adolescentes de escolas particulares. O contato com a arte é um caminho imprescindível em um país que costuma desrespeitar sua história e sim, sua cultura. Algo que passa muito pela música, em um trabalho desenvolvido com maestria pela Lyra Mojimiriana. Entre tantos projetos, encanta ver as Oficinas de Verão. São 34 turmas em um leque tão variado de opções musicais de causar inveja a qualquer projeto de “Cidade Grande”. E os cursos são gratuitos.
Quem perdeu a chance de se inscrever esse ano, fique atento para 2024, porque vai muito além do aprender a tocar um instrumento. ICA e Lyra dão aos mogimirianos, de forma gratuita, experiências que não têm preço. E não que fosse necessário, mas como o brasileiro vive dependente de aprovação estrangeira, estamos falando de duas instituições genuinamente de Mogi Mirim e que gozam de alto prestígio não só no cenário nacional, como no internacional.
E se pensam que elas ajudam quem precisa sem precisar e ajuda, saibam que o engano é enorme. Quem puder, seja como for, contribua com o ICA e a Lyra. Ou se, preferir, com outros projetos culturais da cidade, algo que, com certeza, fará as duas instituições sorrir por ver o avanço do trabalho cultural na cidade.