Vida de adulto. Quanta gente, ainda criança, ao reclamar da vida, ouvia de alguém mais velho que “está chiando agora, verá como será a sua vida quando crescer”. O menino ou a menina julgava aquilo um insulto. Óbvio que ser adulto é melhor.
E, nos fatídicos ciclos da vida, lá vem o tempo, trocando personagens de posição nesta conversa que atravessa gerações. Entre as ‘aventuras’ da vida de adulto uma parece ser imposta a todos. Pagar os boletos. E se tem uma época do ano em que somos lembrados ferozmente por eles é esta.
Passamos das festividades de final de ano. Muita gente, de férias. Às vezes, em recesso. Para os que não pararam de trabalhar o cenário é o mesmo. Chegou janeiro, chegaram boletos. Tem IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e tantas outras siglas que muitos se embaralham. Em Mogi Mirim, o IPVA é realidade, assim como em todo o Brasil. A cobrança já começou. Os boletos do IPTU chegam até o final de janeiro. Podem ter certeza. Eles sempre chegam.
E ainda tem muita gente saindo da fase de pagar 13º e férias para colaboradores. Ou de começar a quitar as despesas com festas ou viagens de dezembro. E também há quem se apresse com matrículas ou rematrículas de filhos, além do material escolar.
Ufa. Há tanta conta para pagar que um editorial só jamais seria capaz de enumerá-las. E em 2020 há outra conta que é responsabilidade de todos os maiores de 16 anos. O compromisso com o futuro das cidades. Das nossas casas. Em outubro, tem eleição municipal em todo o Brasil.
Se na economia, caseira ou global, é importante saber intercalar austeridade com investimento, na eleição não pode poupar tempo na escolha do melhor candidato. Claro que não existe receita pronta e que cada um pode usar o seu ponto de vista para escolher pelas diversas opções que serão elencadas.
Gaste tempo para avaliar qual é a melhor alternativa para conduzir o seu município. E não é só o prefeito. Os vereadores também são fundamentais neste jogo. São pagos para nos representar, para que tenham olho, ouvido e boca em cada passo do nosso ‘suado’ dinheiro, que se torna público após passar por aquelas famigeradas e, muitas vezes, caras siglas.
Valorize cada real investido nas mais variadas contas que esta “vida de adulto” cobra e não seja econômico na hora de selecionar os melhores nomes para a nossa cidade.
São compromissos como o voto que podem contribuir para uma rotina menos pesada para quem já está em idade de grandes responsabilidades. E, neste mesmo raio, há outras funções, como a fiscalização, a presença em atividades públicas.