quarta-feira, abril 23, 2025
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Editorial: Todos precisam ser um pouco jornalistas

A velocidade com que uma mentira de prolifera é proporcional a de nosso cotidiano. É tudo tão imediato nos dias atuais. Vivemos globalizados e esta é, sem dúvida, uma maravilha da modernidade. Vivemos intensamente a tecnologia, o que também é uma dádiva. Porém, ao mesmo tempo em que somos presenteados, corremos o risco de ser vítima ou refém destas situações.

A globalização é um fator facilitador para o alastramento do novo coronavírus. A doença que teve como ponto inicial uma cidade na China, já deixa a Europa em polvorosa e causa temor aos brasileiros. O receio sobre uma pandemia é real. Já o pânico não deve ser.

Além de nos atentarmos às orientações dos órgãos oficiais de saúde, é importante que fortaleçamos o combate às mentiras, sobretudo, às propagadas pela internet. E não há apenas a famigerada ‘fake news’. Há informações desencontradas e mal apuradas, mas que, em meio ao desespero e à humana inclinação de propagar desgraças, parecem ganhar um contorno real.

Somos facilmente enganados por quem nem tinha má intenção ao dissipar uma mentira. E também por pessoas que têm interesse em criar este circo de caos. Por interesse real – muitas vezes para algum ganho financeiro – ou pelo simples prazer em ver uma brincadeira de mau gosto ganhar proporções que vão além do merecimento de sua inglória idiotice.

Por isso, caros leitores, pedimos que, em meio a este atual caso e sobre tantos outros, sigam certas normas jornalísticas. Apure mais de duas ou três fontes antes de espalhar uma notícia. Principalmente as que podem criar um clima de insegurança. Nos últimos dias, a saúde de Mogi Mirim tem se visto como pauta por conta do coronavírus. Claro que devemos ter receio, medo de que esta doença nos atinja e aflija.

Vivemos dentro deste mundo globalizado e as últimas atualizações indicam relação da cidade com a nova moléstia. Porém, vírus pior é o que vive dentro de quem não se importa que um clima caótico pode piorar ainda mais o quadro. Pessoas que, em sua maioria, usa a citada e fantástica tecnologia para fins nada humanos.

Há, inclusive, quem esteja apenas na caça por cliques. Há de tudo neste mundo moderno. Inclusive a oportunidade de não ser ignorante ao ponto de sair partilhando tudo o que lê a torto e a direito. Seja um pouco jornalista. Apure, questione, estude, pesquise. Aí sim, faça o papel de passar a diante informações reais e que possam ajudar ao invés de causar.

Não importa o assunto, esteja atento à credibilidade das suas fontes de informação e não passe vergonha como o repassador oficial de mentiras do seu grupo de amigos, familiares ou mesmo da rede social que adora. Use meios ‘anti-fake news’. Use o jornalismo.

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