É impossível negar o orgulho que temos por Mogi Mirim. Uma história para lá de bicentenária, de desenvolvimento, primeiro, rural e, depois, comercial e industrial. Todo 22 de outubro relembramos de nossa terra, na qual firmamos nosso lar, criamos os nossos filhos e suamos para que o labor nos sustente e nos ajude a evoluir. Recebemos irmãos de outras bandas, que por aqui também lutam por seu espaço e serão sempre bem recebidos, para que, unidos, a nossa Mogi Mirim prospere.
Não dá para negar também que temos muito a melhorar. A “Cidade Simpatia” não se livrou de um dos males do século, a falta de empatia. Ainda temos entre nós quem prefira ofender o próximo, gratuitamente, por mera oposição de posicionamento, sobretudo político. Chegamos a 2020 e a disputa eleitoral ainda é pautada mais por ataques a adversários que por apresentação de projetos à população.
Mogi Mirim vive ainda sem olhar com o carinho devido às regiões periféricas. Há evolução? Sim. Mas ainda em passos lentos. Os irmãos menos abastados financeiramente seguem à espera de políticas públicas que ajudem efetivamente na evolução das condições sanitárias básicas. De dignidade para morar e viver. Para criar seus filhos em uma realidade de menor disparate em relação a quem nasceu em condições mais favoráveis.
Até aqui, no ano do 251º aniversário, a cidade não vê um entre os oito candidatos realmente imbuído nesta missão. Nos resta torcer para que, seja lá quem vencer, assuma tal condição. Até porque, até lá, não haverá mais a necessidade de atacar o outro para garantir a cadeira almejada… Que uma luz desça sobre nossos futuros representantes e o pensamento seja coletivo, com empatia. E não nos próprios projetos e umbigos.
E é assim, com a esperança de tempos melhores, que desejamos para Mogi Mirim um merecido desenvolvimento. Desejamos um comércio pujante, com condições para quem quer empreender. E oportunidades e direitos preservados para quem quer trabalhar.
Desejamos uma indústria forte e que transforme em emprego, renda e evolução social aos marginalizados a vocação eclética que está em seu DNA. Mogi Mirim sempre foi plural. Poderia ter sido a capital do café, da laranja, da cerveja, dos móveis de aço e de tantas outras áreas.
Estamos localizados em área privilegiada. Próximo ao maior centro comercial e industrial do país, perto dos mais gigantes aeroportos e do principal porto. Próximo a áreas turísticas e até de outro estado. Mas, não podemos nos contentar em estar próximo. Temos que ser. Que Mogi Mirim ganhe, de presente, nos próximos anos, o título mais completo que uma cidade pode receber. Que Mogi Mirim seja a capital nacional da oportunidade!