Começamos 2021 e um assunto não sai do noticiário. É claro que estamos falando da Covid-19 e de seu lastro de destruição. Infelizmente, a troca de folhinha não faz com que esta triste página da história da humanidade simplesmente desapareça. A pandemia segue por aí, matando milhares de irmãos todos os dias e mantendo aflita a nossa rotina. Já ultrapassamos a marca de 200 mil brasileiros mortos por esta doença. É a maior tragédia de nossos tempos. Ao menos para aqueles que se importam com os outros.
E é sobre engajamento coletivo que precisamos falar. No Natal e na virada de ano vimos inúmeras mensagens pedindo paz e bênçãos de Deus. Desejando ao próximo também, claro. Quantos não falaram a tradicional “muita saúde para você, é o que importa, o resto a gente corre atrás”. Pois é, para um desejo sincero de saúde, deve-se incluir o máximo de respeito e cuidado, individual e coletivo, no combate à pandemia do novo coronavírus.
Isto requer aqueles ensinamentos básicos, que aprendemos no decorrer de 2020, como o uso de máscara e a higienização constante das mãos e de objetos. Mas, há algo ainda mais forte nesta luta e atende por vacina. Parece desnecessário sair dando nome aos bois, mas é impressionante como ainda há quem não tenha compreendido a importância da vacinação.
Contra todas as doenças, é claro, mas, sobretudo, a respeito de uma em que a população mundial ainda não está imunizada. É triste ver que o assunto se politizou. Que a gigante maioria dos que se colocam contra a vacina (seja lá qual for) de forma taxativa não o fazem através de um embasamento racional, mas por seguir a voz de certos líderes reacionários.
É óbvio que, por exemplo, o governador de São Paulo, João Doria, não adotou o domínio do discurso pró-vacina por ser um bom samaritano. É óbvio que tem interesses eleitorais e que sua birrinha infantil com o presidente, seu eventual concorrente nas eleições do ano que vem, é o foco central. Não, salvar vidas.
Mas quem é pró-vacina não é necessariamente pró-Doria. A vacinação só atinge sua finalidade caso haja uma imunização em massa. Há inúmeros doentes, sobretudo crianças e idosos inocentes, que não podem ser vacinados. Eles precisam que nós tomemos a vacina para que fiquem, de uma vez, distantes deste mal horrível que é a Covid. É pelo pensamento coletivo que devemos ser verdadeiros cidadãos de bem e não hipócritas e compreender que a única saída neste momento é se vacinar. Não por si próprio. Mas pelo próximo.
Graças a Deus, temos uma sociedade capaz de avançar cada vez mais e rapidamente em suas tecnologias e o mesmo vale para a vacinação. Estamos em 2021 e, diferente do período da inquisição, confiar na ciência também é confiar em Deus. Esta entidade tão profanada por falsos mitos, que vê, em sua onipresença, a mesquinhez de quem coloca suas cegas ideologias acima do bem comum. Neste ano novo, vacine-se. Imunize você e sua família não só contra a Covid. Atualize a sua carteira de vacinação e faça o melhor pelo seu irmão!