Após assembleia geral realizada na tarde do dia 8, na capital paulista, professores da rede estadual de ensino aprovaram a participação na greve nacional da Educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com início nesta quarta-feira.
Hoje será realizada uma nova assembleia na Praça da República, que deliberará sobre a continuidade ou não da greve e os próximos passos do movimento. Logo após, os educadores sairão em caminhada para participarem do ato unificado das centrais sindicais em defesa dos direitos dos trabalhadores. O pagamento integral do 13º e reajuste de salário e o cumprimento da lei do piso salarial nacional estão entre as reivindicações da categoria. Os educadores também são contra as reformas da previdência, trabalhista e do Ensino Médio.
Segundo o diretor estadual do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Ricardo Botaro, as escolas da região ainda estão sendo visitadas, portanto, não há o número fechado de adesões à greve, cenário que será melhor traçado nos próximos dias. Na última quarta-feira, houve a paralisação de 100% dos professores em três escolas de Mogi Guaçu e de Artur Nogueira. Em Mogi Mirim, a adesão foi parcial; de apenas 30%.
Mobilização
Mais de 30 mil professoras e professores participaram da assembleia, no dia 8. O encontro ocorreu no Dia Internacional da Mulher. De acordo com a Apeoesp, a data adquire grande significado pelo fato do magistério paulista ser composto por 84% de mulheres e por serem as professoras as mais atingidas pela reforma previdenciária, a qual propõe unificar a idade mínima para a aposentadoria de mulheres e homens.
Após a atividade da categoria, os educadores se dirigiram em caminhada até o centro da cidade, onde se encontraram com vários movimentos de mulheres e seguiram para a sede da Prefeitura de São Paulo. Conforme o quadro de mobilização apresentado pela CNTE, dois estados já se encontram em greve (Piauí e Rondônia), 13 já aprovaram a greve para o dia 15 e quatro vivem situações específicas, sendo 3 deles com previsão de greve para outras datas, em março.
Procurada por O POPULAR, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que está acompanhando toda a movimentação dos professores e mantém aberta a mesa de negociação com a categoria.