domingo, abril 20, 2025
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Eleição do novo presidente do Mogi será nos próximos dias

Faltam menos de 10 dias para o Mogi Mirim promover a sua eleição estatuária bianual. O clube é obrigado a convocar Assembleia Geral Ordinária até o dia 30 de novembro deste ano, afim de eleger a nova diretoria executiva, incluindo o novo presidente, além dos membros dos conselhos Fiscal e Deliberativo.

A convocação deve ser publicada até amanhã em jornal da cidade e a previsão é de que o pleito ocorra até o dia 28 de novembro. Confira abaixo as entrevistas realizadas pelo O POPULAR com os dois homens que se colocaram como candidatos à presidência do Sapão da Mogiana.

Luiz Henrique de Oliveira, presidente desde julho de 2015, tenta a terceira reeleição. Ele terá como vice em sua chapa, a ‘Renasce Mogi’, a irmã Rosane Lúcia de Araújo. Nascido no Rio de Janeiro e residente em Guarulhos, assumiu o comando do clube como sucessor escolhido pelo então presidente Rivaldo.

Já a chapa ‘Amigos do Mogi’, registrada no começo deste mês, tem como presidenciável o engenheiro elétrico Celso Semeghini. Ele é filho de Clayton Semeghini, que foi secretário na gestão de Nagib Chaib no Mogi Mirim. Ex-diretor de Patrimônio nos mandatos de Wilson Fernandes de Barros, ele terá como vice em sua chapa o ex-presidente do Sapo, João Carlos Bernardi.

Entrevista com Celso Semeghini, candidato a presidente do Mogi Mirim pela chapa ‘Amigos do Mogi’.

O POPULAR: Quais os planos em relação ao futebol profissional? A meta é colocar o Mogi Mirim na Segunda Divisão de Profissionais já em 2020?

CELSO SEMEGHINI: Em primeiro lugar, segundo fomos informados, o MMEC se encontra desfiliado tanto da FPF (Federação Paulista de Futebol) como da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), não podendo, no momento, disputar qualquer torneio dessas duas entidades. Ou seja, teremos que nos filiar outra vez e depois pleitear a participação na Segunda (Divisão), por exemplo.

O POPULAR: Quais são os planos para as categorias de base?

CELSO SEMEGHINI: Filiados na Federação, vamos disputar as categorias de base, que são muito importantes para toda a agremiação.

O POPULAR: Quais alternativas imagina ser possível para o clube se livrar da dívida contraída nos últimos anos?

CELSO SEMEGHINI: Primeiro temos que fazer uma auditoria administrativa/financeira séria para que se saiba o montante e os verdadeiros credores.

O POPULAR: O Estádio Vail Chaves deve ser mantido como patrimônio do clube ou vislumbra outra saída para o espaço?

CELSO SEMEGHINI: Quando da análise de que projeto implantaríamos para a a ampliação do Estádio (durante a ‘Era Wilson de Barros’), o vencedor foi o que contemplava um espaço para futura utilização da parte de baixo da arquibancada, oposta às cativas, para se alugar para um Shopping, por exemplo. O presidente Wilson deu o aval para que dessa maneira fosse construída. Essa área pode ser totalmente separada do Estádio, inclusive, com entradas e saídas independentes para veículos. A área para estacionamento é muito ampla e o Estádio seria totalmente preservado para a prática do futebol.

O POPULAR: Em relação ao recadastramento de associados, qual é a sua posição?

CELSO SEMEGHINI: Imediatamente após as eleições, seria lançada uma campanha para sócios contribuintes e seriam resgatadas as cativas para os antigos proprietários.

 O POPULAR: Citado como tema acima ou não, o que você coloca como prioridade para que o Mogi Mirim retome o caminho de glórias no esporte?

CELSO SEMEGHINI: Como já citei acima, a prioridade máxima é saber a real situação administrativa/financeira conjuntamente com a regularização do clube perante as entidades esportivas. Considero ainda que não represento um grupo tão somente, mas sim uma cidade inteira. Como ex-diretor de Patrimônio durante todas as gestões Wilson Barros, acompanhei diretamente (como engenheiro que sou), todas as fases das melhorias no Estádio Vail Chaves, bem como a implantação dos CT’s de Mogi Guaçu e da estrada de Limeira. Hoje tenho uma tristeza enorme em ver o estado em que eles se encontram. Meu pai, Clayton Semeghini, como secretário da gestão do presidente Nagib Chaib na época, participou ativamente das negociações que envolveram a doação do terreno (onde hoje está o estádio), pelas Centrais Elétricas de Rio Claro, ao Mogi Mirim Esporte Clube. Estou tentando preservar o legado dele e dos demais abnegados presidentes que se seguiram, como o saudoso Wilson Barros, por exemplo.

Entrevista com Luiz Henrique de Oliveira, candidato a presidente do Mogi Mirim pela chapa ‘Renasce Mogi’.

O POPULAR: Quais os planos em relação ao futebol profissional? A meta é colocar o Mogi Mirim na Segunda Divisão de Profissionais já em 2020?

LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA: A gente na verdade vai focar no futebol de base. Se nós tivermos condições para fazer o futebol profissional, com certeza vamos fazer e isso depende de várias circunstâncias. Precisa ter recurso e um parceiro que tenha capacidade econômica para fazer investimentos. Mas, a principio, como ficou, pretendemos fazer um esforço muito grande para disputar.

O POPULAR: Quais são os planos para as categorias de base?

LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA: As categorias de base a gente vai voltar com elas. Inclusive, incluindo o sub11 e o sub13. Já está certo para o ano que vem e tem um parceiro fechado para o ano que vem, só não pode divulgar o nome. Isso é certeza. E as demais competições de base, como o sub20. Estamos também na iminência de fechar com um parceiro para o sub15 e sub17. Além disso, vamos fazer um modelo de escola de futebol do Mogi, uma academia do Mogi.

O POPULAR: Quais alternativas imagina ser possível para o clube se livrar da dívida contraída nos últimos anos?

LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA: Isso aí só com um parceiro, que estamos avaliando. Temos dois caminhos na verdade. Uma, a principal, que estamos estudando, é tornar o clube sustentável, através de um projeto comercial. Um shopping no lugar do estádio Vail Chaves é uma possibilidade. Pode ser na área de baixo do estádio, que é obsoleta. E outro caminho é achar um parceiro que se interesse, faça investimento. Uma coisa que vou te falar interessante. Tem uma possibilidade de transformar o clube em SA (Sociedade Anônima). Há uma lei neste sentido, ainda não aprovada, que vai facilitar as coisas, flexibilizar. Mas, nunca teve nada contrário a esta mudança e ela parte pelo seguinte, que os clubes perdem alguns benefícios, como isenções sobre folha de pagamento e ao passo que, com a lei, ela vai te compensar em alguma coisa. Hoje, não tem nenhuma parte na lei que não permita um clube se tornar empresa. Um dos primeiros é o Athletico-PR, teve a Ferroviária, o Bragantino agora com a Red Bull, o Botafogo de Ribeirão Preto.

O POPULAR: O Estádio Vail Chaves deve ser mantido como patrimônio do clube ou vislumbra outra saída para o espaço?

LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA: A gente vislumbra sempre manter, lógico. Isso passa por recursos. Estamos vislumbrando uma saída de fazer algo no estádio. Isso é fato. É bom frisar que ele só não foi para leilão porque eu coloquei o meu nome segurando as penhoras. O estádio só não foi penhorado por eu ter entrado com a pessoa física na penhora, com minhas contas, carros, empresas. Se isso sair, e sai automaticamente, um advogado fará o pedido do leilão do estádio. Da penhora. Então, temos que fazer uma espécie de um projeto comercial, misturado com residencial para a área, sem sair de lá. A discussão é a seguinte, podemos estar conversando sobre a área anexa, mas, quem vem e olha, quer o estádio inteiro. Essa é a dificuldade. Difícil achar um meio-caminho. Mas, independente de certo ou errado, o estádio já era para ter sido, no mínimo, penhorado pela Justiça Trabalhista e não foi porque coloquei o meu nome, colocando meus bens no pólo passivo e não tirei. E isso eu quebro fácil, com um mandado de segurança no Tribunal Regional do Trabalho, em Campinas. Mas, não faço isso por hora, porque, se fizer isso, o estádio será penhorado.

O POPULAR: Em relação ao recadastramento de associados, qual é a sua posição?

LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA: Isso já foi, acabou. Foi em 2016 e 2017. Não tem nada neste sentido por hora. Temos uma eleição no final do ano e, embora tenha um acordo, uma composição dos grupos dentro do clube, há quem seja mortalmente contrário a isso aí. Porque a primeira vez que abriu, vieram para tirar toda a diretoria e até hoje tentam fazer isso. Eu, para ser bem sincero, sempre defendi o recadastramento, mas, de um ano para cá, mudei um pouco de ideia. Talvez eu esteja errado e ele, o presidente do Conselho (Deliberativo, Teodoro da Silva Abreu), certo. Ele é um critico disso aí. Os sócios vieram tirando a diretoria inteira. Como faz isso? Como concilia?

O POPULAR: Citado como tema acima ou não, o que você coloca como prioridade para que o Mogi Mirim retome o caminho de glórias no esporte?

LUIZ HENRIQUE DE OLIVEIRA: A prioridade que eu coloco é algo que sempre pensei, mas nunca consegui ter condições, seja por estar sempre apagando incêndio, respondendo a processos, disputando competições importantes, agora que encerrou, conseguiram acabar com o clube, sem tirar a nossa parcela de culpa também, não tem duvida nenhuma disso. Então, é voltar à base. É a base, pegar na região. A ideia é ano que vem juntar na região e fazer seleção regional sub23 e disputar a Bezinha. Fazer uma seleção e trabalhar com os valores regionais. Na verdade, em um clube de futebol, é difícil entenderem que, embora presidente, não temos essa facilidade de estar no futebol. Delegamos pessoas e aparecem interesseiros, empresários que não ajudam em nada. Parceiros, como a Magnum (atualmente no Guarani, de Campinas), que prometeu tudo e não cumpriu nada, deixando mais de 50 ações trabalhistas e por aí vai. Não tem muito tempo. Agora com tempo e condição, a gente vai focar no futebol na base. Chegar na Bezinha com uma seleção local, regional. Essa é a ideia. Até 23 anos. São tantos jogadores, em resumo, pernas de pau, que vieram para roubar o clube, que venderam um W.O, tenho certeza que foi vendido aquilo. Subo até o tom quando começo a lembrar da sacanagem que fizeram com a gente, com o clube. Isso já foi. A ideia mesmo do ressurgimento passa pelo futebol de base. Quem sabe buscar novamente, correr atrás do Carrossel, quem sabe pode conseguir novamente. E outra coisa que é importantíssima e que é difícil é ter jogadores e eles serem roubados. Ter uma Ponte roubando jogador seu. Vamos ser um clube formador, tirar o certificado de formador, estruturar ele em termos de formação de atleta e aí ninguém tira o jogador.

 

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