Não foi desta vez que Mogi Mirim voltou a eleger um deputado (estadual ou federal) legitimamente ligado à cidade, o que não ocorre desde a década de 1970, com o ex-prefeito Bépe Albejante. O único representante da Baixa Mogiana eleito foi Barros Munhoz (PSDB), de Itapira (SP), que obteve 86.372 votos e vai para seu sétimo mandato na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
A atual presidente da Câmara Municipal, Sônia Módena (PSD), terminou o pleito com 12.722 votos; a vice-prefeita Maria Alice Fernandes Mostardinha (Patriota) com 2.776 votos; e o ex-assessor da Prefeitura de Mogi Mirim, João Matta (PDT) com 1.547 votos.
Na corrida por um lugar na Câmara Federal apareciam três candidatos de Mogi Mirim: o presidente do Crea-SP, Vinicius Marchese (PSD), obteve 45.933 votos; o ex-vereador Manoel Palomino (PP) teve 4.304 votos; e o empresário Pastor Ricardo Braga (Podemos) ficou com 1.436 votos.
Mesmo sendo o candidato da cidade – tanto estadual quanto federal – a ter a maior votação, Marchese recebeu 4.973 votos do eleitorado mogimiriano. Um número baixo, comparado ao total de votos depositados pelos eleitores locais aos candidatos de fora. Dos 15 mais votados em Mogi Mirim para federal, nove foram eleitos. E juntos totalizaram 15.522 votos no município.
Para estadual, 10 dos 15 candidatos com o maior número de votos em Mogi Mirim ocuparão uma cadeira na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) a partir de janeiro de 2023. Juntos, receberam 16.428 votos dos eleitores mogimirianos.
Executivo
Os números do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apontam que, na cidade, 63,64% dos votos para presidente foram dados a Jair Bolsonaro (PL). O atual presidente da República, que busca a reeleição, teve 32.982 votos. O segundo colocado em Mogi Mirim foi o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), que obteve 26,81% dos votos, com 13.896.
Simone Tebet (MDB) teve 5,47% (2.837 votos) e Ciro Gomes (PDT) teve 2,81% (1.455 votos). Os demais candidatos somaram 656 votos. Foram 1.481 votos em branco, 2.078 votos nulos e um total de 15.819 eleitores entraram na taxa de abstenção, que foi de 22,22% do eleitorado mogimiriano. Em nível nacional, Lula teve 48,43% dos votos (57.259.504), margem que levou o pleito ao segundo turno. Seu adversário será Jair Bolsonaro, que obteve 43,20% (51.072.345).
Também haverá segundo turno em São Paulo na eleição para governador. Após sete vitórias seguidas, o PSDB está fora da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. O candidato tucano à reeleição, Rodrigo Garcia, ficou em terceiro lugar com 18,40% dos votos no Estado (4.296.293). O segundo turno terá Tarcísio de Freitas (Republicanos), que obteve 42,32% da preferência do eleitorado Paulista (9.881.995) e Fernando Haddad (PT), que fechou com 35,70% dos votos (8.337.139).
Em Mogi Mirim, a ordem foi igual, mas com ampla vantagem para o candidato do Republicanos. Tarcísio recebeu 27.136 votos (58,72%) contra 10.152 (21,97%) de Haddad. Garcia fechou com 16,79% da preferência do eleitorado de Mogi Mirim, com 7.759 votos.