A Vigilância Epidemiológica divulgou ontem os números de confirmações da evolução de dengue na semana. Mogi Mirim tem 1.339 casos registrados pela Secretaria de Saúde. Na semana passada eram 880 pessoas infectadas pela doença no município.
Um aditivo ao convênio da Unidade de Atendimento Não Agendado (UANA) foi realizado pela Prefeitura com a Santa Casa de Misericórdia, para a contratação de mais médicos e equipes de enfermagem para garantir um atendimento de qualidade diante do aumento da procura pelos pacientes. Não foi informado quantos médicos e enfermeiros deverão ser contratados.
Apesar do aumento de casos da doença na cidade, a secretaria informou que no Jardim Planalto, local de maior incidência de casos positivos este ano, houve estabilização. No entanto, a região Sul, onde está localizado o bairro, ainda é a primeira no ranking da dengue, com 372 casos confirmados. A região Central é a segunda, com 318 casos, seguido pelas regiões Leste (291), Norte (251), Oeste (88) e zona Rural, que teve 19 pessoas infectadas.
Resultado
Na segunda-feira, primeiro dia da ação denominada Operação Pente Fino, na região central, foram visitados 1.287 imóveis, destes 588 estavam fechados. As equipes de saúde encontraram 120 residências com larvas e 12 avisos de inconformidade.
A operação consiste em concentrar todos os agentes comunitários de saúde e dos agentes de vetores em uma única região. Normalmente, estes profissionais trabalham cada qual em seu setor, na região da Unidade Básica de Saúde a qual pertencem.
DISK DENÚNCIA
Segundo a Secretaria de Saúde, em 17 dias foram realizados, através da Ouvidoria da Saúde, pelo telefone 3806-4730, 230 atendimentos relacionados à dengue. Há equipe exclusiva para ir aos locais denunciados e fazer a vistoria. Constatada a veracidade, providências cabíveis são tomadas.
‘Ineficiência’ nos serviços é questionada pelo MP
O Ministério Público instaurou inquérito civil na terça-feira para investigar o alto número dos casos de dengue no município “o que em tese, vem ocorrendo devido à deficiência nos serviços de combate e prevenção à dengue”, conforme citam os promotores Paula Magalhães da Silva Rennó, Rogério Filócomo Junior e Gabriel Guerreiro na portaria de instauração.
A Promotoria considera ainda, que, atentar contra o princípio da eficiência da Administração Pública, retardar e deixar de praticar atos de políticas públicas para a redução do risco de doenças, configura prática de improbidade administrativa.
A Prefeitura disse já ter respondido sobre as providências adotadas atualmente e antes da epidemia para a prevenção, número de casos nos últimos três anos e sobre a empresa contratada para desempenhar o serviço de combate à dengue, apresentando o procedimento licitatório, serviços prestados e repasses feitos. Além disso, solicitou uma reunião para a próxima semana.
Os hospitais 22 de Outubro e a Santa Casa de Misericórdia também deverão enviar os números de casos confirmados da doença e de suspeitas de 2014 a 2015 em um prazo de 10 dias.