Desde o dia 23 de julho, acompanhamos as Olimpíadas de Tokyo, torcendo e vibrando com cada ponto, com cada vitória conquistada pelos atletas brasileiros. Nesta edição de 2020, o Brasil enviou a maior quantidade de competidores para as Olimpíadas e mesmo alguns não trazendo medalhas para casa, carregam neles a vitória de terem conseguido estar nos Jogos Olímpicos, que além das dificuldades que todos os atletas enfrentam, também se defrontam com a falta de investimentos e patrocínios.
Dos 309 atletas brasileiros nas Olimpíadas de 2020, 231 dependem do Bolsa Atleta, 131 não contam com patrocínios e 41 precisaram fazer vaquinha para estarem no Japão. Por fim, 33 não conseguem viver só do esporte e têm outras profissões – motorista de aplicativo foi a mais citada pelos atletas.
O que esses atletas brasileiros estão nos ensinando, nesses últimos dias, é como o nosso povo brasileiro tem garra, ou como diria o medalhista de bronze nos 50m livre, Bruno Fratus: “Os caras é grande, mas nóis é ruim. Aqui é Brasil, mano. Aqui não tem essa não! Choveu, fez sol, os caras são grandes, mas não tem essa não. A gente vai. A gente faz”.
A vitória do Bruno foi um dos momentos mais emocionantes nessas Olimpíadas. Mesmo não subindo na parte mais alta do pódio, estando ali, na terceira base, ele se emocionou, vibrou e agradeceu, como um verdadeiro campeão, como uma pessoa que passa anos lutando, treinando, enfrentando as barreiras para, no fim, conseguir vencer.
É uma vitória que nos ensina muito sobre acreditar no nosso potencial, acreditar que podemos vencer e passar pelos obstáculos que encontramos, dia após dia, na nossa vida e, principalmente, os comerciantes da nossa cidade, que vêm encarando graves prejuízos e estão precisando se reinventarem, para manter o seu estabelecimento de portas abertas.
São tempos difíceis. Tempos em que, muitas vezes, não conseguimos encontrar à nossa frente a linha de chegada. Assim como os atletas, os comerciantes enfrentam essa pandemia, sem ajuda e sem apoio dos governantes, passando por osbstáculos, concorrendo com empresas e lojas com grandes investimentos, concorrentes fortes e poderosos. Como os atletas, que enfrentam outros de países com maiores investimentos, nossos comerciantes não desistem e continuam acreditando que podemos vencer. E, sinceramente, venceremos.
Esperemos em breve, vibrar pelas vitórias dos nossos comerciantes e que as Olimpíadas e a pandemia nos ensinem que é preciso apoiar. Apoiar os atletas, apoiar os comerciantes, apoiar as pessoas, pois cada um percorre uma maratona em busca de uma vitória.
Boa semana!