Moradores de todas as cidades da região ficaram estarrecidos, na última quinta-feira, 20, com a notícia do assassinato da conchalense Ana Gabrielle Santos Ferreira, de 6 anos. A Polícia Civil prendeu, ontem à tarde, os dois suspeitos do assassinato. Eles foram levados à delegacia da cidade para averiguação e pelo menos um deles teria confessado o crime.
Com a prisão dos suspeitos, os moradores de Conchal se revoltaram. Centenas de pessoas se aglomeraram em frente à delegacia. O prédio foi depredado. A população queria linchar os suspeitos. Houve quebra-quebra nas ruas do Centro e as Guardas Civis Municipais (GCMs) de toda a região foram acionadas para dar apoio e garantir a segurança na cidade.
Cerca de 30 viaturas ficaram empenhadas em conter a revolta dos munícipes. A polícia não divulgou até o fechamento da edição quem eram os suspeitos presos. A única informação oficial, apurada por O POPULAR, é de que pelo menos um dos detidos é morador do mesmo bairro onde a família de Ana mora e de onde ela desapareceu no último sábado, dia 15. Depois de ficar cinco dias desaparecida, a menina foi encontrada morta com requintes de crueldade.
Até o corpo ser localizado, a família não tinha qualquer pista sobre o paradeiro dela. Segundo informações da polícia, o corpo de Ana foi encontrado por volta das 14h de quinta-feira, em um terreno que fica ao lado do condomínio onde ela morava. Uma denúncia anônima levou a GCM (Guarda Civil Municipal) para o local.
O corpo estava enrolado em um lençol e coberto com um saco plástico. A menina estava com as mãos amarradas e tinha uma faca cravada no pescoço. Segundo a GCM e os peritos que estiveram no local, também havia sinais de agressão por todo o corpo de Ana Gabrielle. A garotinha vestia o mesmo vestido que usava no dia em que desapareceu.
A principal hipótese considerada pela polícia é de que a menina tenha sido morta por vingança e que os autores sejam conhecidos da família dela. O sepultamento da menina de seis anos ocorreu ontem às 9h, no cemitério municipal de Conchal e causou comoção em toda a cidade. O enterro atraiu centenas de pessoas e foi acompanhado de perto pela imprensa regional e por autoridades políticas e policiais.