No ano passado 1.033 pessoas foram infectadas. Hoje, já são 1.339, segundo o balanço divulgado na semana passada. Com um aumento de 130% na confirmação de casos de dengue, no comparativo entre todo o ano passado com os dois primeiros meses deste ano, a Secretaria de Saúde prepara medidas para tentar estabilizar a incidência da doença no município, que já vive uma epidemia, ao lado de Mogi Guaçu, Itapira, Lindóia, Limeira, dentre outros municípios paulistas.
Embora um decreto autorizando a entrada compulsória de agentes de saúde já ter sido publicado, assim que o município atingiu pouco mais de 300 casos, tal medida não foi colocada em prática pela Secretaria de Saúde, que na semana passada, solicitou autorização à Justiça, para evitar eventuais acusações de improbidade ou de abuso de poder.
A ação civil pública impetrada pela Prefeitura foi acatada pela juíza Maria Raquel Campos Pinto Tilkian na sexta-feira e autoriza a entrada dos agentes de saúde nos imóveis desabitados, fechados, abandonados ou com acesso não permitido pelo morador, para que executem os serviços de vigilância epidemiológica e realizem o trabalho de retirada de possíveis criadouros.
Para isso, é autorizada ainda, caso necessário, o auxílio de força policial e da Guarda Civil Municipal (GCM), sob pena de multa diária que pode chegar a R$ 3 mil para os proprietários que descumprirem a decisão, segundo a Prefeitura.
A Secretaria de Saúde contabiliza 1.703 casas fechadas no momento da visita desde o início das vistorias e, no momento, organiza o fluxo e as equipes para o início das entradas compulsórias, que deverão ser feitas aos sábados.
Pente fino
A Prefeitura trabalha com um cronograma para o trabalho de vistorias nas residências. Após a região central e a zona Oeste, que já receberam os serviços, os servidores passarão pelas regiões Leste – prevista para iniciar ainda nesta semana –, Norte e Sul. A ordem foi definida baseada no diagnóstico situacional pelo número de notificações, de sorologias positivas e gravidade dos casos.