Nos últimos dias, Mogi Mirim registrou inúmeros casos de fogo em mato que se transformaram, rapidamente, em incêndios de grandes proporções. O fogo atingiu vastas áreas verdes e provocou inúmeros transtornos à população, como as queimadas e a fumaça que se alastrou por toda a área urbana.
Um caso que chamou a atenção na segunda-feira foi um incêndio que devastou um terreno baldio próximo ao Cemitério Municipal. A área queimada fica ao lado de um condomínio residencial, o que gerou inúmeras reclamações por parte dos moradores. Do alto, era possível ver a cortina de fumaça densa que se formou na região Norte. Os bombeiros tiveram trabalho para controlar as chamas.
Mas, este não foi o único caso de fogo em mato que preocupou os bombeiros. No domingo, duas grandes áreas foram devastadas pelas chamas. Uma delas, no Jardim Saúde, fica exatamente atrás da sede da Brigada de Incêndio Municipal. Lá, os bombeiros demoraram aproximadamente uma hora para controlar o fogo. Outra área dizimada pelas chamas fica próxima à linha da antiga Fepasa, na região Leste. Grande extensão de mata, inclusive de uma área de preservação da cervejaria Ambev foi completamente queimada. Neste caso, os bombeiros tiveram mais de três horas de trabalho.
Casos como este são comuns nesta época de estiagem. A baixa umidade relativa do ar em toda a região propicia a ocorrência de incêndios de grandes proporções, inclusive, na zona urbana como vem ocorrendo em Mogi Mirim.
O comandante da Brigada de Incêndio Municipal, José Luiz da Silva, informa que a maioria dos focos de incêndio acontece em áreas verdes e terrenos baldios em geral, cujo mato está bastante seco.
“A situação preocupa devido ao tempo seco. A estiagem deve prosseguir até setembro e estamos nos desdobrando para atender a demanda. Mas, o importante é conscientizar a população. O povo tem que estar vigilante (de olho) para denunciar quem coloca fogo em mato seco”, comentou Silva.
Somente nos últimos 15 dias, os bombeiros de Mogi Mirim atenderam 24 ocorrências de fogo em mato. Em um único dia, o pico de atendimento chegou a seis, em 24 horas.
Manutenção
Embora um dos três caminhões da Brigada de Incêndio esteja quebrado, em manutenção, o comandante garante que os outros dois estão funcionando normalmente e atendendo a população dentro do possível. “Estamos trabalhando dentro das nossas possibilidades, priorizando o atendimento à população”, disse o comandante.
Vale ressaltar que colocar fogo em mato é crime ambiental previsto no Código Penal Brasileiro, no Código Florestal e na Lei de Crimes Ambientais.
