quarta-feira, setembro 18, 2024
INICIAL☆ Destaque 2Em apenas quatro dias, casos de dengue em Mogi Mirim aumentam 16%

Em apenas quatro dias, casos de dengue em Mogi Mirim aumentam 16%

Mogi Mirim passou do estado de alerta para o de emergência epidemiológica, devido ao alto índice de casos de dengue detectado no ano. Na sexta-feira passada, dia 3, o prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB) assinou o decreto que endurece as ações do município para o combate ao transmissor da doença. O documento foi publicado no sábado, no Jornal Oficial de Mogi Mirim.
“Isso não é somente para alertar, mas para dar força jurídica para até entrar nas casas em que nossos agentes não conseguem e fazer com que o trabalho aconteça de forma efetiva”, explicou a secretária de Saúde, Flávia Rossi. Até segunda-feira, antes do horário do almoço, eram 530 casos confirmados – destes, 287 mulheres e 243 homens. No município, já são 2.371 notificações.
Até o dia 2, eram 456 casos registrados. Um aumento de 16,2% em apenas quatro dias. Esses números preocupam a equipe.
Com o decreto, a Prefeitura poderá até, em casos extremos, em caso de recusas ou de ausência de pessoas, entrar à força nos imóveis para vistoriar os locais, com o apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), visando impedir hábitos e práticas que exponham a população ao risco de contrair doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. Hoje, segundo a Prefeitura, os agentes de saúde não conseguem entrar em cerca de 30% dos locais para realizar a vistoria.
Nos imóveis em que forem encontrados criadouros com larvas, o agente de saúde emitirá um aviso de inconformidade. Após três dias, caso não seja resolvido, será aplicado um auto de imposição de penalidades. Caberá até multa para aqueles que não se adequarem.
Se for constatada a ausência de moradores e houver a suspeita de que haja focos do mosquito, o agente de saúde fará a primeira tentativa de entrada, deixando uma notificação sobre o dia e a hora em que retornará para nova visita. Se houver insucesso nesta segunda tentativa, o proprietário do imóvel terá seu nome publicado no Jornal Oficial, permitindo, então, o ingresso compulsório.
Com a entrada forçada, o agente poderá vistoriar o local, fazendo um laudo de vistoria, e deverá providenciar o fechamento do imóvel. Os custos serão arcados pelo proprietário do local. Casas, terrenos e outros prédios sob responsabilidade de imobiliárias, deverão permitir o acesso dos agentes. Segundo a Prefeitura, já há uma conversa com essas empresas, que deverão garantir a limpeza desses locais.
Segundo Flávia Rossi, os moradores da cidade precisam entender o tamanho do problema e ajudar a Prefeitura na prevenção dessa doença. Segundo ela, os números por regiões são analisados diariamente e, com isso, é possível fazer ações específicas em escolas e nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) dos bairros que apresentam resultados preocupantes.
Para tentar frear o aumento dos números, a coordenadora Joalice e a equipe de Vigilância em Saúde realizam dois mutirões por mês, somadas às ações frequentes. “Trabalhamos com oito caminhões, sendo que cada um faz quatro ou cinco viagens nesses dias”, comenta. A preocupação é com essa época do ano, em que os casos normalmente começam a aumentar.

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