sábado, novembro 23, 2024
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Empresário Márcio Granada atua na nova administração do futebol do Mogi Mirim

Envolvido em diversas polêmicas no mundo do esporte, o empresário Márcio Fernando Granados, o Márcio Granada, atua em conjunto com o ex-jogador Alessandro Álvares da Silva, o Botijão, na nova gestão do futebol do Mogi Mirim. Botijão representa um grupo de investidores que assumiu o comando do futebol profissional, terceirizado pelo presidente Luiz Oliveira.

Na entrevista coletiva de apresentação de Botijão e do técnico Álvaro Gaia, em 26 de dezembro, Granada esteve presente, mas sem se posicionar na bancada junto aos dois apresentados e Luiz, mas de frente, próximo de onde fica a imprensa. Em alguns momentos, interviu indicando que fossem abordadas ações de marketing como amistosos internacionais e torneios, além de fazer apontamentos sobre o carisma de Botijão, que disse conhecer há mais de 20 anos. Com atuação mais nos bastidores, Granada ainda não foi apresentado à imprensa, mas teve uma foto divulgada pelo Departamento de Marketing, em companhia de Botijão, alusiva a acordo para realização de jogos no Estádio Coronel Chico Vieira, em Itapira.

Na noite de quarta-feira, no Bristol Zaniboni Hotel, Granada, ao lado de Botijão, participou de uma reunião com uma série de representantes da comunidade de Mogi Mirim e diversos oposicionistas à gestão Luiz, como o ex-gerente de futebol do clube, Henrique Stort, o ex-presidente do Conselho Deliberativo Hélcio Luiz Adorno, o Luizinho, além de Ernani Gragnanello e Carlos Corrêa, o Carlão. Granada falou como um dos responsáveis pelo futebol, ao lado de Botijão. A reunião teve como objetivo uma aproximação da nova gestão com a comunidade. Os novos gestores ouviram um pouco sobre o passado e frisaram não ter responsabilidade com a gestão Luiz, mas pensarem no futuro e em manter uma boa relação com a cidade. Procurado por O POPULAR, Stort revelou que dará um voto de confiança ao empresário, pois suas divergências são com Rivaldo e Luiz. “Não vou me omitir em ajudar”, afirmou.

Márcio Granada, o terceiro a partir da esquerda, em foto alusiva a acordo para jogos em Itapira. (Foto: Divulgação/MMEC)

O empresário, com experiência como presidente do Las Vegas United, da United Premier Soccer League (UPSL), e em outros clubes norte-americanos, já foi jogador, com passagens pela base do Palmeiras e times italianos e alemães, além de ter promovido diversos eventos como torneios e amistosos. Nos jogos realizados, há participações de uma série de ex-jogadores famosos.

Eventos do empresário já motivaram diversas reclamações de fornecedores e investidores e várias ações judiciais foram impetradas contra Granada.

O POPULAR buscou uma entrevista com Granada e o Departamento de Marketing informou, inicialmente, que seria possível no dia do lançamento do material esportivo do clube. Depois, informou que o contato não seria intermediado, pois o foco é o clube e não Granada. A reportagem chegou a enviar uma série de perguntas para abordar a experiência do empresário como jogador e gestor, a atuação com o Sapo e as polêmicas, mas o Marketing informou que o empresário não deseja conceder entrevista.

Granada: alvo de Santos, investidores e jovens

Na coleção de desavenças do empresário Márcio Granada estão jovens atletas, investidores e fornecedores que se dizem vítimas em uma série de casos, além do Santos. Uma das polêmicas ocorreu em 2015, quando o empresário atuou na promoção do Granada Cup, torneio amistoso em Brasília, com a participação do Flamengo e do Shaktark, da Ucrânia.

O empresário Leonardo Romeiro é um dos que acionaram a Justiça contra Granada. Em reportagem do Globo Esporte.Com, Romeiro disse ter depositado R$ 150 mil a pedido do empresário, como forma de empréstimo, mas não conseguiu reaver o dinheiro. Disse ainda que Granada se apresentou como diretor de jogos do Flamengo. No torneio, houve reclamação de que investidores colocaram cotas de R$ 250 mil no evento para receberem depois com a arrecadação, mas acabaram não ressarcidos na totalidade.

Na ocasião, a assessoria de comunicação do Flamengo chegou a se manifestar ao Globo.Com dizendo que Granada era parceiro comercial do clube, mas não tinha autorização para se apresentar como dirigente do time. No entanto, garantiu não haver pendências com a empresa de marketing de Granada. A reportagem apontou ainda que, na época, um hotel do Rio de Janeiro e uma empresa de frete de táxi aéreo também reclamaram de falta de pagamento.
Em ação judicial, devido à dívida, a empresa de Romeiro conseguiu penhorar a renda de um jogo entre Flamengo e Icasa, promovido por Granada em Juazeiro do Norte-CE, ainda em 2015. Aproximadamente R$ 10 mil, referentes à renda, foram penhorados.

O empresário também já foi acionado na Justiça pelo Santos, com a cobrança de R$ 176 mil pela bilheteria e despesas de um amistoso contra o XV de Piracicaba, em 2010.

A organização da Porto Seguro Cup, em 2008, motivou processos contra Granada de investidores reclamando dívidas não pagas.

Granada também foi acusado, em 2017, de não cumprir o prometido em contrato de intercâmbio em que jovens dizem ter pagado de US$ 2,5 mil a US$ 5 mil para jogarem nos Estados Unidos como taxa de transferência, além das passagens, em troca de hospedagem, alimentação básica e transporte aos treinos. O caso foi revelado por jovens à reportagem da SporTV. A reclamação é de que passaram por dificuldades, com atraso no pagamento das alimentações e valor reduzido para as necessidades. Outra reclamação é a de que teriam premiação por vitória, além de salário depois de três meses de experiência, o que não teria sido cumprido.

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