Se no início de janeiro, indagado por O POPULAR, o presidente da Câmara Municipal, vereador Jorge Setoguchi (PSD), admitiu que a dificultosa saída do Palácio de Cristal, sede administrativa do legislativo desde 2015 e a reforma da “antiga sede” da casa de leis, na Rua José Alves, era encarada como um verdadeiro elefante nas costas, tamanha pressão, o animal começou a ficar mais leve nesta semana.
Após um ano e 10 meses da atual legislatura, a reforma na sede da Câmara, onde acontecem as sessões, teve início . Funcionários da LGB Construção LTDA, vencedora de um edital de tomada de preços, começaram as obras sob os olhos do próprio Setoguchi e do representante da empresa em Mogi, o ex-vereador Rogério Esperança.
Embora o prazo limite para o fim dos trabalhos seja até o dia 15 de janeiro do ano que vem, a expectativa é de que a reforma seja concluída antes do Natal. O contrato tem prazo de três meses, ao custo total de R$ 303.215,35.
O restauro terá duas frentes de obras. A primeira delas no 1º andar do Paço Municipal, onde, até o início do ano passado, era o gabinete do prefeito Carlos Nelson Bueno (PSDB), hoje em luxuosa sala do Mogi Business Center, empreendimento comercial na Avenida Pedro Botesi. Ali, serão construídas três salas que comportarão um vereador e um assessor cada uma delas, além de uma sala para recepção, e outras para parte administrativa, reunião e secretaria da Câmara.
No 2º andar, ao lado do plenário, novos gabinetes para vereadores e assessores. Esperança afirmou à reportagem que todos os gabinetes serão padronizados, com cerca de oito metros quadrados cada. No primeiro dia de obra, no 2º andar da Câmara, os funcionários da LGB retiraram as paredes de madeira antigas, que serão substituídas por paredes de drywall.
O projeto integra ainda a reforma dos banheiros, raspagem do taco e sintecagem, que será aplicado também no plenário, onde acontecem as sessões nas noites de segunda-feira. Haverá a substituição de toda a parte elétrica, troca de luminárias e forro, desgastado e sem condições de uso. O projeto prevê ainda a limpeza e impermeabilização das áreas interna e externa da Câmara.
Transição
Setoguchi admitiu que assim que a reforma estiver concluída, vereadores, assessores e demais funcionários do Legislativo sairão do Palácio de Cristal e retornarão para a Dr. Rua José Alves, independente do pagamento da multa pela quebra do contrato com o proprietário do Palácio, cuja negociações caminham a passos de tartaruga.
“A expectativa é que tão logo fique pronto, mudamos para cá (Câmara Municipal), mesmo sem a quebra do contrato. Fazendo a reforma só restará a parte do contrato em haver. Pretendemos cumprir o mais rápido possível esse compromisso com os vereadores e a população”, frisou o presidente.
O compromisso abordado por Setoguchi foi tomado antes mesmo da posse da nova composição legislativa. Em dezembro de 2016, na diplomação dos vereadores, todos eles, com exceção de Orivaldo Magalhães (PSD), formaram um pacto, na sede social do Clube Mogiano, de que a saída do Palácio era prioridade absoluta.