Recentemente, tive acesso ao relatório da FecomercioSP e do SincomercioSP, que mostrou resultados apontando que a receita do setor atingiu R$ 100,7 bilhões no mês, um valor 4% superior ao registrado no ano de 2022.
Esses números demonstram que o comércio paulista nunca teve um mês de julho melhor em termos de faturamento do que o registrado em 2023, pelo menos considerando a série histórica da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), iniciada em 2008. Os dados apontam um crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 100,7 bilhões, o que representa um aumento absoluto de R$ 3,9 bilhões em comparação a 2022.
Esse crescimento foi impulsionado pelo expressivo aumento das vendas ligadas à indústria automobilística. As concessionárias de veículos e motos, beneficiadas pelo programa de descontos no carro popular do governo federal, registraram o maior faturamento do mês entre todas as atividades listadas, com um ganho de quase um terço das receitas (27,8%). Paralelamente, as lojas de autopeças e acessórios acompanharam esse resultado, vendendo 15% a mais em julho de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado.
Os prognósticos também são positivos, de acordo com a FecomercioSP. Apesar dos preços já terem sido reajustados, há uma expectativa de que os resultados continuem melhorando, uma vez que ainda há crédito disponível nos programas e famílias que o buscam com o objetivo de comprar um veículo para retornar ao trabalho presencial ou até mesmo para uso em aplicativos de transporte. Além disso, existem oportunidades de movimentação e venda no mercado de veículos usados.
Outros segmentos que indicaram aumento no faturamento real em julho, em comparação ao mesmo período do ano anterior, incluem as farmácias e perfumarias (15,1%), as lojas de vestuário, tecidos e calçados (13,4%), as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (8%) e os supermercados (6%).
No entanto, nem todos os segmentos tiveram um desempenho positivo em julho, pois também houve queda no faturamento. Entre esses segmentos, encontram-se o comércio de combustíveis, joalherias, artigos esportivos, lojas de brinquedos e outros, que sofreram uma retração de 14,1%. Os móveis e a decoração (9%) e os materiais de construção (3,5%) também tiveram um desempenho inferior. Em comparação com o mês de junho de 2023, houve uma pequena melhora na comparação mensal, mas ela é discreta.
O relatório da FecomercioSP e do SincomercioSP aponta para uma tendência de crescimento que, em breve, veremos se se manteve no mês de agosto, considerando que o emprego, a queda na inflação e o crédito mais acessível são fatores que contribuem para as vendas no estado. Isso aumenta o otimismo também para os próximos meses, com a chegada da principal data do comércio no ano: o Natal.
Desejo a todos uma boa semana. Fiquem com Deus!