Enquete realizada no site de O POPULAR, entre os dias 12 e 19 de setembro, apontou que o eleitorado de Mogi Mirim não deve optar pelos candidatos locais a deputado estadual e federal nas eleições do próximo dia 5 de outubro. A pergunta, “Você pretende votar nos candidatos de Mogi Mirim a deputado estadual e federal?”, mostrou que 86% dos internautas disseram não, frente a apenas 14% que optaram pelo sim. A enquete não tem caráter científico, e apenas demonstra a tendência de uma parcela do eleitorado no município.
Em Mogi Mirim, concorrem ao cargo de deputado estadual a vereadora Dayane Amaro Costa (PDT) e o vereador Waldemar Marcúrio Filho (PT), ambos vereadores desde o início de 2013, Massao Hito (PSB), que integrou o alto escalão da Administração do ex-prefeito Paulo Silva, Moacir Genuário (PMDB), ex-vereador, e candidato a vice-prefeito na chapa de Flávia Rossi, derrotada por Gustavo Stupp em 2012. Para deputado federal, um candidato é André Mazon (PV), ex-secretário de Cultura e Turismo de Mogi Mirim. André é o candidato que mais tem apostado em termos de marketing, com placas e banners espalhados pelos principais pontos da cidade, além de uma turma de mascotes, responsável por chamar a atenção por onde passa. Outro candidato é Marco Antonio Campos (PMDB).
Análise
Doutor em ciência política e professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC), Pedro Rocha Lemos, acredita que o importante em uma eleição é mostrar credibilidade e competência. Essa soma, muitas vezes, é adquirida ao longo dos anos, com uma história política que justifique o voto. É aí que a inexperiência pode levar o leitor à incerteza. “Talvez não tenham tanto credibilidade pelo trabalho que desenvolveram. Muitos não cumprem nem um mandato de quatro anos, não passaram segurança e já se candidatam. Isso pode significar desconfiança no eleitor”, explicou, ressaltando não conhecer a realidade específica de Mogi, fazendo assim uma abordagem de forma geral do cenário político.
Lemos destaca que muitos eleitores possuem suas preferências partidárias, e que caso não encontrem a sigla em suas cidades, optam por outros candidatos. Nomes de peso na política regional também acabam contemplando muitos votos, por trazerem recursos para a região, terem força e levarem demandas regionais à Assembléia Legislativa ou à Câmara dos Deputados. A aversão a determinados partidos é outro fator que pesa para a escolha. “Existe uma postura do eleitor contra determinado partido. Se não simpatiza, busca em outro lugar (um candidato)”, ressaltou.
A ausência de uma reforma política, como a criação do voto distrital, seria relevante, e novidade que poderia garantir vagas a candidatos que responderiam pela região, na opinião do cientista político.
Nenhum candidato se elegeu na última eleição
Os cinco candidatos de Mogi Mirim que lançaram candidatura nas eleições de 2010 fracassaram nas urnas. O melhor resultado foi obtido por Gustavo Stupp (PDT), candidato a deputado federal, que obteve 11.455 votos, deste total, 9.002 votos em Mogi. Anderson Mendonça (PV) conseguiu 2.705 votos na cidade, com 3.727 em todo o Estado.
Para deputado estadual, o desempenho também não garantiu nenhuma vaga. O mais votado foi Ary Macedo, à época do PP, e hoje atual vereador pelo SDD, com 4.357 votos em Mogi, 5.741 no Estado. Rogério Esperança, pelo PDT, registrou 2.681 votos do eleitorado local, alcançando como resultado final 3.482 votos.
Marco Antonio Campos (PMDB), que mais uma vez concorre a uma vaga na Assembléia Legislativa, totalizou 701 votos no total, 417 em Mogi.