Descontente com os rumos do xadrez de Mogi Mirim, o enxadrista Flávio Novais explicou os motivos que o levam a representar Mogi Guaçu e criticou a Prefeitura de Mogi.
Novais conta que a Prefeitura o apoiava com transporte, alimentação e inscrições, mas após a saída de Marcos Dias dos Santos, o Marquinhos, ex-diretor de Esportes, com a mudança de governo de Carlos Nelson para Gustavo Stupp, não houve mais ajuda. Hoje, conta com esses benefícios oferecidos por Mogi Guaçu.
Gerente de Esportes no início do governo Stupp, Gerson Rossi foi procurado por Novais, que lhe conta ter sido requisitado um projeto. Novais apresentou, mas diz nunca ter recebido resposta. “Até hoje estou esperando”, conta, afirmando que também tentou acionar o novo gerente, agora secretário, Dirceu Paulino, mas não teve retorno: “Ele nunca chegou a me ligar perguntando o que eu precisava”.
Flávio oferecia aulas de xadrez pela Prefeitura até metade de 2013, na Faculdade de Tecnologia (Fatec), aos sábados, mas reclama que não havia divulgação e eventos prometidos não foram realizados.
Hoje, considera difícil voltar a representar Mogi Mirim, pois já tem um compromisso com Mogi Guaçu e Mogi não tem equipe. “Eu sozinho não vou fazer nada”, afirmou, admitindo colaborar com aulas para atletas da cidade.
A sugestão é valorizar o enxadrista Bruno Veiga, de 12 anos. “Se Mogi Mirim quiser xadrez deveria investir no Bruno e me usar como ferramenta para criar jogadores”, sugere.
‘Ele nunca chegou para mim’, afirma secretário
O secretário de Esportes de Mogi Mirim, Dirceu Paulino, garante nunca ter sido procurado por Flávio Novais para buscar apoio: “Sou transparente, nunca ninguém ligou para falar comigo sobre xadrez. Ele nunca chegou para mim, nem o conheço”.
Dirceu lembra que nos Jogos Regionais soube que Novais iria disputar por outra cidade. “Não vou assediar atletas de outras cidades, não faz parte da minha índole”, apontou.
Por outro lado, Dirceu garante haver interesse em ajudar o xadrez, assim como apóia outras modalidades, mas pede que lhe seja encaminhado um projeto para analisar se está dentro do que a Prefeitura pode ajudar. O mesmo procedimento deve ser feito por outros esportistas “Queremos ajudar todos”, garante Dirceu.