Há 54 anos, celebramos no Brasil, todo dia 3 de setembro, o Dia do Guarda Civil. Esta data foi instituída pela lei Nº 5.088 de 1966 e tem como função homenagear os profissionais dessa área, que colaboram com a manutenção da segurança e da ordem pública na esfera municipal. Em Mogi Mirim, esta história teve início antes da lei que definiu a data de celebração nacional.
Porém, no país, o aparecimento deste tipo de força policial é antigo. Uma das primeiras corporações do gênero de que se tem notícia por aqui é o Regimento de Cavalaria Regular da Capitania de Minas Gerais, criado em 9 de junho de 1775. Desse regimento, de cunho civil-militar, participou o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, um dos líderes da Inconfidência Mineira.
Já em nossa cidade esta missão está sob a responsabilidade da Guarda Civil Municipal. E é impossível falar de sua história sem referenciar e reverenciar a obra de Rosana Julia Megiatto Bronzatto de Azevedo, “História de uma Corporação”, lançada em 2011. É o material mais rico em relação à rica história de nossa Guarda.
Um roteiro que surge com a instituição da “Guarda Noturna”, em 1955, através de projeto de lei de autoria do vereador Professor Antônio José Peres Marques e que chegou a ser sancionado pelo então prefeito José Theóphilo Albejante – e revogado cinco anos depois. Na prática, o nascimento, de fato, do que hoje é a guarda mogimiriana, ocorreu com a edição da lei nº 348 de 18 de novembro de 1960, com o prefeito Luiz Franklin Silva.
Esta, inclusive, é a sua data de aniversário e aqui já fica o lembrete. Em cerca de dois meses, vamos comemorar os 60 anos da Guarda Civil Municipal de Mogi Mirim. A legislação de 1960 saiu da teoria com a criação dos vencimentos da chefia e dos guardas e mudanças nos tributos.
A Prefeitura remanejou verbas da assistência social e entidades esportivas e majorou em 5% a suplementação de despesas sobre o Imposto de Indústrias e Profissões, sobre o Imposto Predial Urbano e sobre o Imposto Territorial Urbano. Porém, cabe frisar que, de acordo com a obra de Rosana, apenas em 19 de abril de 1967, pelo Decreto nº 206, foi conhecido o regulamento da Guarda Municipal, lavrado pelo prefeito Luiz Gonzaga de Amoêdo Campos.
Neste período, teve papel importante no crescimento da corporação a Associação Comercial e Industrial (Acimm), em bom tempo, comandada justamente por Peres Marques. A cidade vivia tempos de vandalismo e aumento de assaltos profissionalizados e não mais de mequetrefes. A cidade precisava de ordem. E a Guarda nasceu para cumprir a sua missão. Fato que se notabiliza até hoje. Nestas quase seis décadas, a GCM passou por uma clara evolução. Das obrigações policiais aos direitos de seus servidores. Do aumento do contingente e da frota. Do veto ao uso de cavalos em rondas noturnas, em 1967, à alta tecnologia hoje implantada. De sua missão de zeladora do patrimônio, sem jamais perder sua veia social. Temos tão poucas páginas para retratar tamanha história e também de seus tantos colaboradores. Em nossa humilde homenagem, a gratidão por honrarem tão valiosa farda azul. Obrigado, guardas civis!