Uma campanha digna de campeão. O Mogi Mirim Esporte Clube de 1985 atropelou seus adversários e conquistou o acesso à Primeira Divisão e o título da Segunda Divisão de forma contundente. Neste segundo episódio da série especial sobre o feito inédito de 35 anos atrás, trazemos os números daquela trajetória. E para quem comprar o jornal impresso, publicado na sexta-feira, 11, leva de brinde, as fichas técnicas das 36 partidas realizadas pelo Sapão, obtidas do livro “História da 2ª Divisão no FutebolPaulista – 1978 a 1990”, de Rodolfo Stella e Júlio Diogo.
Campanha
No primeiro turno, nenhuma derrota e muitos empates no Grupo Branco. Sete das 12 partidas terminaram sem vencedor. No returno, nos primeiros jogos, duas derrotas. As únicas em todo torneio. Da 18ª rodada em diante, o Sapo deslanchou de vez.
Os comandados de João Magoga emendaram sete jogos de invencibilidade na primeira fase, garantindo a classificação como líder, com 34 pontos em 24 jogos. Na época, a vitória valia dois pontos e o empate, como hoje, um ponto. Foram 12 vitórias, 10 empates e apenas duas derrotas, com 31 gols a favor e apenas 10 contra (melhor defesa da chave).
Esta performance garantiu o time na disputa com Rio Branco, Independente e Lemense. Mais seis jogos de invencibilidade, com quatro vitórias e dois empates e o título do grupo. Na final, duelo marcado por expulsões e uma vitória suada diante do Rio Branco, no Vail Chaves.
Quadrangular
A vaga estava garantida na final, disputada no formato de quadrangular com os demais campeões dos grupos e com jogos exclusivamente na Capital. O Sapo seguiu imbatível. Fez 1 a 0 no Taubaté, tratado como favorito até então. Depois, 2 a 0 no Tanabi. Empatou duas vezes com o Novorizontino (0 a 0 e 1 a 1) e confirmou o acesso após novo empate em 1 a 1, no Pacaembu, diante do Tanabi.
Naquele 11 de dezembro, como hoje, o Mogi Mirim Esporte Clube assegurava o inédito acesso à elite do futebol estadual. Já no dia 14 de dezembro, o clube chegou a 19 partidas seguidas sem perder no torneio e à consagração completa. Vitória por 2 a 0 sobre o Taubaté, taça na mão e uma festa insana pela cidade. Após 36 partidas, 17 vitórias, 15 empates e apenas duas derrotas, o Sapo de 46 gols marcados e apenas 14 sofridos era, definitivamente, o maior. O Mogi de 1985 foi o Rei dos Números!