sábado, novembro 23, 2024
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Especial “Dia do Motorista”: Pai e filho unidos pela mesma direção

Mais um 25 de julho está por vir e, com ele, mais um Dia do Motorista. A celebração é alusiva aos festejos católicos a São Cristóvão. A crença é de que, valendo-se da imensa força de que era dotado, pôs-se a baldear pessoas, vadeando o rio. Certa noite, um menino pediu-lhe que o transportasse até a outra margem. A princípio, o garoto era leve, mas se tornou cada vez mais pesado.

Ao final, disse ao menino que sentia como se tivesse transportado todo o peso do mundo e ouviu o seguinte do garoto. “Tiveste às costas, mais do que o mundo inteiro. Transportaste o Criador de todas as coisas. Sou Jesus, aquele a quem serves”.

Daí vem seu nome, Cristóvão, ou “aquele que carrega Cristo”. Foi assim tratado como o padroeiro dos viajantes e, por consequência, dos motoristas, termo ligado àqueles que operam em veículos de motores de combustão interna. Assim como são maquinistas os que operam máquinas a vapor ferroviárias ou marítimas.
Terminologias à parte, a data remete à maioria da população, que profissionalmente ou não, são motoristas. E muitas são as histórias. Entre elas, em Mogi Mirim, está a escrita por Antônio Aparecido Rotuli, o seu Toninho, 75 anos, pai de Paulo Henrique Rotuli, o Paulinho da Van, 50 anos.

Eles são os fundadores e gestores da Classe A Transportadora Turística, que foi fundada em 10 de janeiro de 1996 como Topatur Turismo.

“Hoje fazemos todo tipo de viagem. Desde a executiva, para empresas e diretorias, como para profissionais liberais, famílias, grupos, professores, jovens e aposentados”, conta Paulinho, relembrando que, na trajetória como “motoristas profissionais”, foram pioneiros na cidade no transporte com van, adquirindo algumas das primeiras topic’s e bestas de Mogi.
Uma história que começou há seis décadas. Aos 15 anos, Toninho morava em uma fazenda no bairro Brumado. O pai era o administrador do local e ele queria aprender a dirigir caminhão. Não só conseguiu que ensinassem, como passou a ter isto como o ofício da vida toda.

“Nasci para isso neste mundo. Pensa em alguém que nasceu para dirigir e, olha, só fiz isso até agora na minha vida”, contou Toninho. A paixão do garoto se tornou a labuta do adulto.

Em 1969 conseguiu o emprego como motorista de ônibus na Viação Santa Cruz. A relação com a tradicional empresa foi longa. Inclusive, três anos depois de deixar a viação para entrar na Cristália, a empresa foi adquirida pela Santa Cruz, de onde Toninho só saiu em 1996.

“Me aposentei e comprei uma van. Meus amigos diziam que eu era louco, de largar o certo pelo duvidoso. Mas era o que queria”, revelou. Foi o momento que a vida de motorista começou a unir, em um novo sentido, pai e filho.

Paulinho, que já trabalhara em banco, largou o então emprego, de vendedor, se associou ao pai e fundou a empresa. Mas, antes disso, o filho carrega memórias do ofício do pai.
“Lembro que ele fazia viagens, me colocava no banco de trás e eu ficava vendo a estrada. Sempre admirei a profissão, mesmo sendo sofrida, de trabalhar à noite, de madrugada, sábado, domingo, feriado. Sempre cresci vendo ele dirigindo e viajando”.

Toninho e Paulinho são destes motoristas profissionais. E, como deveria ser padrão, são pessoas de fino trato com o público. Hoje, muitos dos clientes são verdadeiros amigos. E tem relações até mais intensas que esta. “Conheci minha atual esposa, a Gisele Bruno, em uma das viagens que fiz, em 2001. E estamos juntos até hoje”.
Pois é. O que não se apaga e eles sempre se apegam é ao prazer de ser motorista. “Qualquer profissão que você faz com amor, que faz contente, ela se torna uma paixão na vida da pessoa. No começo, eu não tinha esta paixão por dirigir. Era meio que uma mudança de renda.

Mas, aos poucos, foi se tornando uma paixão que eu nem sei explicar. Dirigir é uma coisa que brota dentro da gente e a gente faz com amor. Sempre atendo rindo, conversando, com alegria e as pessoas comentam muito nas viagens que estou sempre de bem com a vida. E isto mostra que dirigir se tornou uma paixão, um prazer”.

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