A semana foi especial em dose dupla para Vanderlei Ricci. Além da celebração pelo Dia do Guarda Civil, no dia 1º de setembro ele completou 33 anos da aprovação no concurso para a corporação mogimiriana. Ele era funcionário público e saiu da Prefeitura em 1985. Fez a prova e passou. “Sou muito grato. Tudo que conquistei em minha vida devo, primeiramente, a Deus, e segundo, a ser guarda civil municipal.
A trajetória de Ricci na corporação teve início quando ele tinha apenas 20 anos, era recém-casado com Eunice e já pai de uma menina. Morava de favor na casa de parentes. Não tinha o próprio teto, mas a família humilde também era trabalhadora. É o retrato dos homens e mulheres que integram a GCM de Mogi Mirim.
“Como agente de segurança atendi inúmeras ocorrências. Mandei muitos estupradores, homicidas, traficantes e usuários para a cadeia. Muitos assaltantes, muitos furtadores, enfim, muitas pessoas foram detidas e presas por nós”. Para Ricci, nestes 33 anos, ocorreram mudanças gigantescas na relação de ser Guarda municipal e ser guarda civil municipal.
“Antigamente, você tirava seu turno e pronto. Hoje nós sempre temos cursos à disposição e online, com o Ministério da Justiça e da Cidadania, além dos cursos obrigatórios de capacitação, fornecidos pela nossa Secretaria. Antigamente éramos guardas municipais e hoje somos profissionais na área de segurança pública”.
E em meio a este ofício, uma paixão foi se aperfeiçoando. Nas reuniões com outros guardas em suas residências, assumia o papel de “master chef”. “Sou descendente de famílias italianas e desde pequeno aprendi com a minha falecida mãe a cozinhar.
Um almoço ali, um jantar lá e surgiu a ideia de fazer uma sociedade em um restaurante para aprimorar mais o meu conhecimento. Foi um teste de um ano. Em seguida passei a fazer bico em uma churrascaria, onde aprimorei muito mais os meus conhecimentos”. Novos planos estão na cabeça. Já no coração? A paixão pela Guarda Municipal e pela culinária…