sexta-feira, novembro 22, 2024
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Especial: um esporte chamado ser mãe

Como é difícil retratar pautas como de datas que se repetem todos os anos e, mesmo assim, têm uma infinidade de histórias a serem contadas. Neste ano, em meio ao Especial do Dia das Mães, trazemos algumas delas relacionadas ao esporte. Não são mães necessariamente esportistas, mas merecem muito mais do que um troféu pela dedicação ao sonho e ao prazer dos filhos.

Estamos falando de Roberta Ceccatto e Diane Duzzi. É o retrato de uma realidade de muitas mães, principalmente de quem tem jogar futebol, a modalidade mais popular do país. Sempre há dificuldade? Sim. Mas imaginem quando são esportes menos comuns? Roberta é mais de Isabelli Ferreira Ceccatto, de 17 anos, e que pratica cheerleading. Diane é mãe Vinícius Duzzi, de 11 anos, e piloto de kart. E elas se desdobram para que eles sigam no trilho de seus sonhos. O cheerleading é uma modalidade, para nós, mais familiar pelos filmes estadunidenses.

São as “líderes de torcida”. Isabelli a pratica há três anos pela equipe CTC, que é aqui de Mogi Mirim e seu primeiro campeonato foi em 2021, no Rio de Janeiro (RJ). “Assim como ela eu também não tinha noção de como seria e se a equipe tinha chance de pódio, e elas ganharam o campeonato. Daí em seguida foram só mais pódios e então percebi essa aptidão”, conta Roberta.

Para viabilizar a luta da filha, junto com outras mães e pais, vende rifas, faz bingos e roletas. “Loucuras são quase um cotidiano, mas com a entrada da Isa no Team Brasil fiz uma rifa da minha geladeira que tinha acabado de comprar. Já viajei com a equipe para o Rio de Janeiro, de ônibus, cerca de oito horas. Foi intenso e muito divertido e a última loucura foi a viagem para Brasília (DF), foram 17 horas de viagem”, conta Roberta.

Não é muito diferente para Diane. “Uma das maiores loucuras foi quando ele ganhou o curso de kart que foi realizado em São Paulo (SP). Naquela época estávamos sem condições financeiras, mas não podíamos perder a oportunidade dele fazer esse curso e fomos mesmo assim”, relembra a mãe. Ela conta que Vinícius, desde muito pequeno, sempre foi apaixonado por automobilismo. Quando tinha apenas 2 anos ele virou e disse que queria ser “pioto” (piloto). “Mal sabia falar ainda, pensamos apenas que era fantasia de criança. Quando tinha apenas 5 anos teve contato muito próximo com o carro da Stock Car e também ganhou um curso de kart e, desde que realizou o curso, ele se mostrou talentoso para o esporte a motor”, explica Diane.

Elas se esforçam para entregar o máximo de chance para que os filhos façam desta paixão de infância uma profissão. Sabem que nem sempre é possível e, mesmo assim, abrem mão de seus objetivos pelos dos filhos. Comum das mães, não? Sem dúvida. Isso é muito sobre ser mãe. Mas é também terem ciência de que o esporte, de uma forma ou outra, traz benefícios para os filhos.

“Esse esporte trouxe muita disciplina e responsabilidade para minha filha. Então, independente se ela seguir na área como profissional de esportes ou não, sei que ela vai sempre levar os ensinamentos do Cheer”, contou Roberta, acompanhada por Diane na fala. “As maiores lições que o esporte a motor está deixando ao meu filho é que nem sempre ele vai vencer, nem sempre ele vai receber um sim e que nunca devemos desistir dos nossos sonhos e muito menos deixar que alguém diga o que você pode ou não fazer. Ter determinação e principalmente dar valor à cada coisa, seja grande ou pequena na vida”.

Além de saberem que seus esforços irão gerar frutos para suas “crias”, elas não abrem mão de outra lição: a da gratidão. Afinal, são batalhadoras na batalha dos filhos, mas não fazem isso sozinhas. “Gostaria de deixar nosso agradecimento à Equipe Eurofarma junto ao saudoso piloto Tuka Rocha, que deram a oportunidade do Vinícius participar do curso de kart. À equipe ZR Kart, que abriu as portas para o Vinícius dando toda ajuda a ele, ao Aquiles gabaritos de kart que cuida de todo gabarito do kart dele, ao Diego Tartalho que faz toda parte de fotografia profissional nas pistas, ao Ribeiro competições que o prepara em todas as corridas do campeonato”.

Diane também agradeceu à Sejel (Secretaria de Esporte Juventude e Lazer), que apoia com transporte e ajuda ao Vinícius para os treinos e corridas de kart, que ocorrem em São Paulo (SP), ao campeonato V11 Aldeia Cup que abriu a portas para o garoto disputar o campeonato, à Pilotech, que é um centro de treinamento em que ele tem todo o treinamento psicofísico. “E também a todos os amigos e familiares que nos ajudam com as rifas para pagar as taxas de pistas para ele treinar. Todo esse pessoal que faz acontecer esse sonho”.

Na mesma linha, Roberta expressa sua gratidão. “Gostaria de agradecer os treinadores da Isa aqui de Mogi Mirim, Ana Paula e Ricardo, e também aos treinadores de Brasília, João Vitor Silva e Jac Adami. Não deixaria de esquecer da Secretaria de Esportes, que me ajudou com transporte todo fim de semana da minha casa até o aeroporto para a Isa pegar o avião”. Através de muitas mãos, essas mães fazem o que as mães fazem. Se desdobram pelos filhos. Um amor com o esporte como combustível, mas, como sempre, um amor maternal, todo especial”.

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