Caros leitores, o assunto nesta semana, nas ruas e na Câmara, foi o tal do lockdown na vizinha Mogi Guaçu, conforme decreto do prefeito Rodrigo Falsetti na sexta-feira (26) que pegou todos os guaçuanos de surpresa e provocou um corre-corre aos supermercados. Ou melhor, aglomerações sem fim. Será que a intenção era que todos pegassem Covid de uma vez só? Claro que a medida provocou também reações e críticas, inclusive em Mogi Mirim.
“Medidas e atitudes de políticos como a do governador meia-boca João Doria e de uma vereadora do Guaçu que tumultuou tudo e fez o povo correr para supermercados, aglomerar e depois ficar trancado em casa, são típicas de canalhas e vagabundos. Na campanha eleitoral estavam todos na rua pedindo voto, agora vêm com essa historinha de lockdown. Presta atenção! Canalhas. Vagabundos”, avaliou Marcos Gaúcho com o seu jeito hard de falar. Detalhe: citou o nome de Doria, que, aliás, é do mesmo partido dele, e não citou o nome da vereadora Judite de Oliveira.
Esse tal de lockdown, que começou na terça (2) e vai até domingo (7) é o fechamento total da cidade, como previa o decreto assinado na sexta passada. O Ministério Público tentou derrubá-lo. Em vão. A DRS de São João da Boa Vista se reuniu com Falsetti, na segunda (1º), chamou a atenção para alguns detalhes e outro decreto foi editado, mais flexível. Ou seja, um lockdown meia-boca. De nada adiantou o corre-corre aos supermercados. Serviços essenciais continuam funcionando.
Esse corre-corre provocado pela notícia da vereadora guaçuana de que a cidade seria fechada 100% é reflexo da falta de consciência da população para o momento em que estamos vivendo e isso acontece em Mogi Mirim também. Em todo o Brasil, aliás. Mesmo em meio a hospitais abarrotados de pacientes com Covid, o povo segue “a la vontê”, como se não fosse comigo. “A culpa é de todos”, sintetizou Marcos Segatti. De que adianta lockdown se não há respeito nem consciência. Presta atenção, povo.
Por hoje, só sexta que vem.