Após a derrota de Flávia Rossi nas eleições municipais de 2012, um possível nome à Prefeitura em 2016 pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) já é especulado. João Manoel Scudeler de Barros, de 35 anos, confessa que já há conversas no sentido de lançá-lo como pré-candidato ao principal cargo político eleitoral da cidade, mas que ainda nada está definido.
“Me sinto à vontade na vida pública. Sei das responsabilidades e tenho interesse em colaborar. A vida pública me atrai e estou preparado”, sentenciou, falando sobre uma possível candidatura à prefeito de Mogi Mirim. A decisão depende de conversas com o partido e com lideranças da cidade e da região, para montar um grupo forte.
“Tivemos vários candidatos a prefeito. O partido tem força, soube se unir após as derrotas. Temos grandes responsabilidades e o PSDB está fazendo um bom trabalho na Câmara”, justificou ele, defendendo uma candidatura própria. “A vida pública me atrai”, complementou.
João Manoel afirma que o partido, agora, após os erros do passado, está mais maduro, coeso e unido. Porém, ele não classifica essas mudanças após a saída de Carlos Nelson Bueno, que deixou a sigla e se filiou ao PTB. “Ele teve o papel dele”, resumiu.
Questionado sobre o governo de Gustavo Stupp (PDT), o político adota um discurso aflito. “Vejo com muita preocupação pelos rumos que ele está seguindo. É um rumo de posições não claras, que interfere no destino da cidade. Vejo uma estabilidade política muito frágil”, julgou.
Considerando um cenário em que Stupp concorreria à reeleição e João Manoel entraria na disputa como um nome de oposição, o político hesitou ao ser questionado sobre quais são as características que os diferenciam.
“Acho que falta uma condução com mais responsabilidade por parte dele. Acho que eu conduziria o Governo utilizando a ousadia de um jovem, mas com responsabilidade”, comparou João Manoel, que trabalha junto ao Governo do Estado, já tendo passado pelas Secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Habitação. Hoje, ele atua como assessor executivo da Casa Paulista.
Presidente não descarta a volta de Flávia
O presidente do partido, Marcos Antonio Dias dos Santos, o Marquinhos, disse que as conversas com o partido devem começar apenas após as eleições deste ano, mas não descarta a volta de Flávia Rossi às disputas municipais.
“Temos bastantes nomes, a Flávia por exemplo, é um deles. Um nome natural até pela grande votação que ela teve em 2012. Mas também não sei nem se seria de interesse dela”, comentou. Ele defende uma candidatura própria “até para aproveitar a avaliação negativa do Governo Stupp”.
O presidente da sigla municipal admite que houve erros na condução da campanha em que a candidata do partido foi derrotada, recebendo mais de 13 mil votos, contra 16 mil de Stupp. “Talvez uma participação mais efetiva do ex-prefeito poderia ter contribuído. Os boatos sobre a merenda, que tanto foi falado e que até hoje não teve comprovação, também nos prejudicou”, comentou.
O partido trabalha com pelo menos três nomes que estariam aptos à concorrer pelo principal cargo do executivo. Além de João Manoel e da ex-secretária de Educação, Marquinhos revelou que o vereador Osvaldo Quaglio também pode figurar como um pré-candidato pelo PSDB pelo “bom trabalho que tem realizado na Câmara”.