Público fraco, espaço vazio e eventos cancelados. Este foi o resumo da programação do Dia do Trabalho, oferecida durante a quinta-feira, na Estação Educação, localizada à Avenida Adib Chaib, no Centro. Com opções voltadas ao trabalhador e sem nenhum show, cenário oposto em relação aos últimos anos, a Prefeitura não conseguiu despertar a atenção da população e viu a programação se tornar um fracasso.
Desde às 9h, diversas opções foram oferecidas. Logo na entrada da Estação Educação, o público podia conferir a sala do Acessa São Paulo, voltada à navegação na internet e ao ensino da informática. O Posto de Atendimento ao Trabalho (PAT) oferecia emissão da carteira de trabalho e disponibilizava vagas de emprego, além de cadastro para a tarifa social. Uma exposição com imagens de trabalhadores, formada por fotografias, também poderia ser conferida, assim como standes que ofereciam vacinas contra a gripe, instruções de combate à dengue, prevenção contra o câncer bucal e corte de cabelo. Mas nada foi capaz de tirar alguém de casa e encher o local.
Até o meia dia, apenas cinco cadastros da tarifa social haviam sido realizados, duas carteiras de trabalho emitidas e 80 pessoas vacinadas contra a gripe, números longe da expectativa da Secretaria de Saúde.
Desabafo
Além dos espaços estarem vazios, a falta de público obrigou o cancelamento de duas palestras, uma sobre empregabilidade, que serviria para mostrar como elaborar um currículo, e dicas de entrevistas de emprego, marcada para às 10h, com o palestrante Antonio Bento Rodrigues, e outra, com o tema ‘Atendimento com Excelência’, a cargo do palestrante José Luiz Montejano, que ocorreria à tarde. Pela manhã, não existia nenhuma pessoa para acompanhar a palestra.
Sem esconder a frustração, o Secretário de Cultura e Turismo, Francisco Roberto Scarabel Junior, disse estar decepcionado com a pouca presença do público e alfinetou a população. “Isso deixa muito chateado, eu fico até triste numa situação dessas. Se tivesse um grupo de pagode teria 15 mil pessoas aqui. A proposta era de utilidade pública, mas não deu certo”, disse, em tom de desabafo.
O secretario afirmou que as palestras deverão ser remarcadas e que aguardava um público de no mínimo três mil pessoas. Durante o dia, nem 500 pessoas passaram pela Estação. Por outro lado, o secretário admitiu que a Prefeitura pecou na divulgação e que o dia escolhido não foi o ideal. “Talvez não fomos felizes em colocar essa proposta ao público justo no Dia do Trabalho”, completou