Professores e funcionários das unidades da Escola Técnica (Etec) Pedro Ferreira Alves e da Faculdade de Tecnologia (Fatec) Arthur de Azevedo, de Mogi Mirim, ambas localizadas à Rua Ariovaldo Silveira Franco, no Jardim 31 de Março, podem entrar em greve a partir da próxima segunda-feira. A paralisação é articulada em todas as unidades do Estado desde o início do mês e tem como principal reivindicação a aprovação do novo plano de carreira da categoria, segundo a classe, defasado há vários anos.
A criação de novos benefícios, como auxílio alimentação e vale-transporte, além de sistema de progressão nas unidades, também está na pauta das reivindicações. A alegação é de que a implantação do novo plano de carreira é aguardada há dois anos.
A iminente greve foi confirmada através do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza (Sinteps), que organiza paralisações em todo o Estado para segunda-feira. “Existe um movimento do sindicato de que se não houver posicionamento e um parecer do governo, entraremos em greve. A Fatec já deu posicionamento favorável aí em Mogi, e a Etec depende de uma reunião”, explicou Rafael dos Santos Macedo, diretor regional do sindicato.
Firme, o sindicato afirma que a categoria vai cobrar seus direitos. “A greve deve se manter até a aprovação do plano de carreira”, completou Macedo, afirmando que a paralisação poderá ser por tempo indeterminado.
A categoria vê o momento como o ideal para greve, tudo devido às eleições em outubro. Segundo o sindicato, o novo plano de carreira necessita ser aprovado até abril devido ao pleito. Caso não seja, as melhorias poderiam chegar apenas no final do ano.
Outra reclamação é de que a promessa no plano de carreira vem desde 2004 para os docentes e desde 1998 para os funcionários.
Em 2011 houve uma pequena greve no estado, e na época, o governo se comprometeu a elaborar o novo plano. O sindicato alega que houve várias negociações em 2013 e que após um entendimento, o governo precisaria enviar o projeto à Assembléia Legislativa, o que não ocorreu.
Acerto
Uma reunião na manhã de ontem entre professores tanto de Etec como Fatec serviu para acertar os últimos detalhes da paralisação. Na Etec, atuam professores do Ensino Médio, além de cursos como informática, administração, logística, meio ambiente, enfermagem, mecatrônica, mecânica e automação. Na Fatec, além dos outros funcionários, existem professores de três cursos técnicos.
Uma fonte ouvida pela reportagem afirmou que na Etec, uma das principais reclamações dos professores é sobre a progressão horizontal. O sistema, uma espécie de elevação no cargo dentro da própria instituição, que deveria ser realizado de dois em dois anos, não vem sendo adotado nos últimos anos. “Quem entrou de 2006 para frente não tem progressão”, afirmou.
A direção da Fatec Arthur de Azevedo confirmou que o sindicato esteve na unidade e que alguns profissionais devem entrar em greve na segunda-feira enquanto a Etec Pedro Ferreira Alves admite a possibilidade de paralisação.
A Assessoria de Comunicação do Centro Paula Souza informou que não foi informada sobre a paralisação prevista a partir de segunda-feira.