sábado, novembro 23, 2024
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Catatau relembra histórias da bola e jogo inesquecível

Ex-atacante de Atlético-MG e Guarani, Catatau relembra momentos especiais da carreira no primeiro capítulo de suas histórias no Boteco.

Boteco – Como surgiu o apelido Catatau?

Catatau – De infância, sou mineiro, eu morava em Divinópolis, já era Catatau pelo tamanho, 1,69 metro, não é tão baixo assim, mas o pessoal chama a gente de baixo, eu encaro com naturalidade, o importante é nas quatro linhas.

Boteco – Qual a história mais inesquecível de sua carreira?

Catatau – Uma vez um lateral foi me dar um carrinho e pegou o bandeirinha e levantou, essa foi a história mais legal (risos). Eu estava pelo Guarani contra o Novo Horizontino. Eu pulei, o bandeira que machucou e eu não, atropelou.

Boteco – E qual foi seu jogo inesquecível?

Catatau – Final de 86 do Brasileiro, Guarani x São Paulo, perdemos nos pênaltis.

Boteco – O que te marcou naquela partida?

Catatau – O público, uma final de Campeonato Brasileiro, a emoção é diferente, ser campeão mineiro e disputar um título brasileiro. Fui duas vezes vice-campeão com o Guarani, mas não me arrependo, ganhou sempre o melhor.

Boteco – Alguma curiosidade de bastidores naquela decisão?

Catatau – A emoção é diferente, marca demais, a gente fica super motivado, você quer marcar história para deixar no clube, nem o dinheiro é tanto que a gente visa.

Boteco – O que representou para você aquele gol de empate do Careca no final?

Catatau – Marcou história. Se fossem pontos corridos, a gente estaria 8 pontos na frente do São Paulo, mas como aquela época era eliminatória, fomos pro quadrangular, São Paulo chegou por um lado, a gente por outro e fomos pra final. Se fosse pontos corridos, a gente seria campeão, mas agora não adianta chorar as lágrimas, mas o que marcou foi a gente ver o Careca que era um baita jogador e um cara super gente fina, hoje somos muito amigos. A amizade é muito grande não só dele, mas também da esposa e filhos.

Boteco – E depois acabou o Guarani não competindo na competição do Clube dos 13 no ano seguinte, em que o Flamengo foi campeão. Mas o Guarani disputou o Brasileiro da CBF e foi vice novamente, como foi para vocês?

Catatau – É, dois anos consecutivos fomos vice, mas não me arrependo de nada, fiz meu trabalho, fico até com dó hoje, não pelo clube em si, mas pelos dirigentes do Guarani, que judiam muito do futebol, é um baita clube da região que a maioria gosta, tanto Ponte quanto Guarani.

Boteco – Chegou a conviver com Beto Zini?

Catatau – Peguei ele pouco tempo, mas tive uma rixa com ele, mas prefiro não falar nem bem nem mal, deixa a vida seguir, a gente tem que encarar a vida assim.

Boteco – Como foi sua experiência no showbol?

Catatau – É um esporte que eu não aconselho para jogador nenhum, porque é uma falta de respeito muito grande. Os colegas que jogaram chegam lá e dão porrada para caramba. Eu fui treinador do Guarani, fui até vice também como técnico. O Amoroso me convidou, eu fui. E aí fomos vice-campeões, perdemos justamente para o São Paulo, parece que é o destino. E quem fez o gol da vitória foi o Alex Dias. Depois eu falei: “não vou mais, porque ser treinador não é minha praia”. Prefiro ficar na minha área de empresário.

Boteco – Você é empresário hoje?

Catatau – Empresário de caixa de papelão, não de jogador.

Boteco – Catatau volta para comentar curiosidades de Tite na época em que o hoje treinador era volante do Guarani e relembrar a relação desconfortável vivenciada com o treinador Jair Picerni na Portuguesa.

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