Na tarde da última terça-feira, 2, o ex-jogador de futebol Lucas Ribeiro de Matos, o Lucas Bocão – que fez parte do elenco do Mogi Mirim Esporte Clube no Paulistão 2014 – prestou depoimento formal à Polícia Civil. Ele foi trazido de Itapira, onde estava preso desde a última sexta-feira, 28, em cumprimento a um mandado de prisão temporária de 30 dias.
Acusado de participação na morte do autônomo Adson da Silva Santos, de 20 anos, ocorrido em março, Lucas Bocão negou, ao delegado Paulo Roberto Agostinete, qualquer envolvimento com o crime.
Na ocasião do crime, Adson foi morto após se envolver em uma confusão em uma festa em Mogi Guaçu. Houve uma briga generalizada do lado de fora da chácara onde era realizada a festa e Adson entrou na confusão, em defesa de dois amigos que estavam sendo espancados.
Depois da briga, ele decidiu ir embora. Deu carona a dois colegas e seguiu pela Rodovia SP-340 com sua Strada. Na altura do quilômetro 167,5, percebeu que estava sendo seguido e comentou com os amigos que um carro se aproximava em alta velocidade pelo acostamento.
No entanto, não houve tempo para reação. Assim que o carro se aproximou, a Strada foi alvejada por tiros. As balas atingiram a lataria do carro e o para-brisa. Um dos tiros transfixou e acertou o peito de Adson, que morreu na hora.
Na formalização de sua versão à polícia, Bocão repetiu o que já tinha alegado anteriormente. Disse que só foi à festa para buscar seu amigo Francisco Franchin Pinto, o Kiko, de 19 anos. Disse ainda que não fez o trajeto da SP-340, onde ocorreu o crime.
A todo instante, Lucas Bocão alegou inocência e disse desconhecer qualquer detalhe sobre o homicídio. Contra ele, no entanto, pesa um laudo do Instituto de Criminalística (IC) que atestou haver vestígios de pólvora no carro que Bocão conduzia na noite do crime.
Assim como Lucas Bocão, o amigo dele Kiko também está preso, acusado de participação no mesmo crime. Na última quarta-feira, 2, a prisão temporária de 30 dias de ambos, foi convertida para preventiva e, portanto, Kiko e Bocão permanecerão na cadeia.
O inquérito que investiga a morte de Adson da Silva Santos já foi relatado e segue agora para o poder judiciário.