sábado, novembro 23, 2024
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Ex-meia Jean Carlo relembra a chegada ao Palmeiras

Amigo do fisioterapeuta Marcelo Gomes, com quem trabalhou no Guaçuano, o ex-meia do Palmeiras de 92 a 94, Jean Carlo, hoje treinador e dirigente do Centro Brasil de Futebol-MG, trouxe seu filho, o lateral Jean, para um trabalho de fisioterapia na cidade e bateu um papo no Boteco.

Boteco – Como foi a chegada ao Palmeiras?

Jean Carlo – Eu fiz um teste. Foi vendido o Luiz Henrique na época pro Monaco e o Edu Marangon tinha ido pro Santos. E eles precisavam de um meia. Tinha um empresário que intermediava São Paulo e Palmeiras, Carlito. Ele falou: tem um meia que pode vir fazer um treino aqui, do Matsubara-PR. E me levou. O treinador era o Nelsinho, em agosto de 92.

Boteco – Quando você chegou, a Parmalat já tinha chegado?

Jean Carlo – Tinha acabado de chegar. Tanto é que eu fui o primeiro atleta a ser comprado pela Parmalat. Aí cheguei lá na segunda. Na sexta, fiz o último coletivo porque eu tinha que voltar para Cambará porque tinha jogo. Aí vieram me entrevistar que o Nelsinho tinha me achado acima da média. Mas o pessoal do Matsubara era difícil de negócio, a japonezada não era fácil. E demorou mais uns 15 dias para negociar. Palmeiras querendo me emprestar e o Matsubara já querendo me vender. Aí eu com 21 anos, o Palmeiras não ia investir 300 mil dólares na época em um garoto que não sabia se ia jogar. Aí chegou um determinado tempo que me falaram: você não vai jogar esse jogo pro Matsubara, você foi emprestado pro Palmeiras. Aí assinei o contrato, na sala com troféus, era o Fachina o presidente. Na quarta eu já joguei contra o Juventus. Empatou, mas o pessoal ficou encantado com meu futebol, eu era novo e já cheguei com personalidade, não tinha medo de errar. Joguei a estreia contra o Juventus, depois contra a Portuguesa. Aí era comparação minha e Denner, foi 1 a 0, gol do Denner. A Gazeta Esportiva tinha a seleção da rodada. De 20 rodadas, eu fiquei umas 8 na seleção. Chegamos em 11º e fomos vice.

Boteco – Aí você foi comprado?

Jean Carlo – Em dezembro no primeiro jogo da final do Paulistão contra o São Paulo, o Brunoro chegou pra mim: pode jogar tranquilo, que você já tá comprado.

Boteco – Você chegou a disputar posição com Cuca?

Jean Carlo – Primeiro começava Cesar Sampaio, Daniel Frasson, eu e Cuca. Contrataram eu, Maurílio, depois Cuca, Zinho, Mazinho e Evair foi reintegrado. Aí melhorou o grupo. Aí começou a jogar, Cesar Sampaio, Cuca, eu e Zinho. Maurílio e Evair na frente, Mazinho na lateral-direita.

Boteco – Como era o Cuca?

Jean Carlo – Brincalhão, até estranhei quando foi ser treinador. Era muito palhaço. Eu concentrava com ele no quarto. Ele esperava eu chegar e ficava na janela para jogar água em mim. Só palhaçada. Tirava o travesseiro da cama, puxava pra me acordar, só brincadeira, gente boa.

Boteco – Em 1993, chegaram Edmundo, Edílson, Roberto Carlos e Antônio Carlos. Com tantas estrelas e problemas de relacionamento no time, o Palmeiras deu certo pelo comando do Luxemburgo?

Jean Carlo – Até hoje sou muito fã dele. Hoje é fácil falar que tinha muita estrela, mas para lidar com esses jogadores é complicado. E o Vanderley não era muito experiente, tinha trabalhado no Bragantino. Mas soube controlar os caras, duas vezes afastou o Edmundo. Era mais difícil controlar o Edmundo e o Edílson. Os três caras de grupo que eu aprendi muito foram Zinho, Mazinho e César Sampaio. Eles controlavam. Se davam bem com todos. Eram divididos os grupos, não precisava ser amigo, mas no campo acabou.

Boteco – Jean Carlo volta para abordar momentos com Edmundo, Amaral e Leão e contar como a chegada de Rivaldo motivou sua saída do Palmeiras.

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