O ex-vereador Laércio Rocha Pires, integrante da última legislatura da Câmara Municipal, entre 2013 e 2016, retornará para a sede do Poder Legislativo. Seu companheiro de Partido, o PPS, o vereador Gerson Rossi, será submetido a um procedimento cirúrgico para corrigir um problema cardíaco e precisará se afastar, de forma temporária, de suas atribuições na Câmara. Como o também ex-vereador João Luís, 1º suplente de Gerson, assumiu, desde 16 de janeiro, o cargo em comissão de assessor especial superior, junto à Secretaria de Serviços, na Prefeitura, após nomeação de Carlos Nelson Bueno (PSDB) e não poderá exercer o cargo no Legislativo, Pires, o 2º suplente, se torna o substituto natural de Gerson.
A cirurgia de Gerson, embora não tenha data marcada, deve se consumar até o fim de fevereiro. Ainda sem prazo para recuperação definido, a expectativa é de que ele permaneça afastado, ao menos, por uma sessão, mas esse número poderá aumentar de acordo com a decisão dos médicos.
“Não é nada que amedronte, porque já fiz uma cirurgia antes. É um procedimento cirúrgico para curativo do problema”, frisou Gerson, que em 2014 descobriu um problema de arritmia cardíaca.
Seguindo o Regimento Interno, a direção da Câmara, em caso de afastamento de curto espaço de tempo, tem a livre escolha em convocar ou não o suplente. O presidente do Legislativo, o vereador Manoel Eduardo Pereira da Cruz Palomino, o Mané Palomino (PPS), confirmou que a tendência é pela convocação de Pires. “Ainda vou analisar, conversar com o Gerson. Caso seja de duas sessões para cima, creio que será necessário chamar”, admitiu.
A reportagem conversou com João Luís, que hoje desempenha atividades de limpeza e manutenção no Cemitério Municipal, e ouviu do ex-vereador que ele não abdicará do cargo na Prefeitura para retornar para a Câmara.
Conflito de interesse?
O POPULAR indagou Gerson a respeito de questionamentos na Justiça sobre o fato de ele exercer, de forma concomitante, o cargo de vereador e procurador jurídico da Câmara. O vereador é servidor público municipal concursado pela Prefeitura. Nos últimos dias, ganhou força a informação de que Gerson vinha sendo pressionado a optar por um dos dois cargos e que ele não poderia atuar nas duas funções.
“Pessoas questionaram isso na Justiça, mas não tem nada decidido, pelo contrário, tenho pareceres a meu favor. A Constituição (Federal) me garante essa condição de acumular (as funções)”, se defendeu, com base no artigo 38 da Constituição brasileira.
“Voltarei com vontade de mostrar trabalho’, promete Pires
Na quinta-feira, O POPULAR também conversou com Láercio Rocha Pires, que se mostrou motivado para o iminente retorno a uma cadeira do Poder Legislativo. Pires fez parte da base situacionista do ex-prefeito Gustavo Stupp, na que ficou conhecida como “Bancada do Amém”, grupo de nove vereadores defensores do antigo prefeito.
Até hoje, o ex-edil é criticado por sua postura, algo rebatido por ele. “Não ligo para as críticas, eu voltarei sim, e com bastante ânimo para mostrar mais do que fiz, que não me acomodo no trabalho de vereador. Quando pensa que não vamos mais pisar (na Câmara), tem esse provável retorno. Para mim será uma honra”, festejou.