Ex-presidente do Conselho Deliberativo e ex-vice-presidente do Mogi Mirim, Hélcio Luiz Adorno, o Luizinho, aguarda a decisão do presidente Rivaldo Ferreira quanto ao futuro do Sapo para definir qual atitude será tomada visando defender os direitos da agremiação.
Caso Rivaldo deixe o clube e saiam todos os associados ligados ao presidente, que se tornaram sócios para formar a diretoria e os conselhos Fiscal e Deliberativo, Luizinho pretende servir como ponto de partida para um novo quadro associativo. Luizinho e o ex-vice-presidente do Conselho Deliberativo do Mogi Mirim, João Queiroz, se consideram sócios, pois não saíram junto com os demais nomes da Era Barros na transição para Rivaldo. Isso porque permaneceram para colaborar por mais um ano e depois não pediram o desligamento. Assim, Luizinho e João poderiam indicar novos associados, que elegeriam uma nova diretoria. A ideia seria instituir uma comissão para angariar sócios e abrir para quem tiver interesse. A nova diretoria poderia buscar na Justiça a anulação da transferência dos Centros de Treinamento do Mogi para Rivaldo. Os CTs passaram para Rivaldo como parte do pagamento da dívida do clube com o dirigente. A transferência feriu um compromisso assumido por Rivaldo com os representantes da família Barros, na passagem de comando, de que o ex-atleta preservaria o patrimônio do Mogi e arcaria com as despesas do clube. Na época, a família Barros pretendia terceirizar o futebol para desvinculá-lo da associação e não permitir que o patrimônio ficasse em risco, mas abriu mão por confiar em Rivaldo.
Caso Rivaldo, que negocia com investidores para uma parceria, continue, a decisão será entrar na Justiça para resgatar o patrimônio. “Já tenho tudo preparado. Não posso sair atirando com chumbo miúdo para ver onde pega, tem que ser chumbo grosso”, contou Luizinho, em explanação na Tribuna Livre da Câmara Municipal, na quarta-feira.
Há ainda uma desconfiança de que o valor dos CTs estaria subdimensionado. O CT de Mogi Guaçu foi transferido com abatimento de R$ 6.320.000,00 na dívida do Mogi com Rivaldo. Em avaliação do empresário Hélio Vasone, ex-parceiro de Rivaldo, o CT valeria R$ 12 milhões. O ex-gerente de futebol, Henrique Stort, tem uma avaliação de que a área valeria R$ 20 milhões.
Em consulta de O POPULAR, uma imobiliária avaliou a área em R$ 10 milhões. O CT da estrada de Limeira gerou abatimento de R$ 550 mil. A dívida antes da transferência dos CTs estava em R$ 12.560.000,00.