sábado, novembro 23, 2024
INICIAL☆ Capa EsporteEx-zagueiro Gino recorda momentos com Neto e Edmundo

Ex-zagueiro Gino recorda momentos com Neto e Edmundo

No último capítulo de suas histórias, o ex-zagueiro Gino relembra curiosidades da amizade com Edmundo e Neto.

Boteco – Lembra de alguma história curiosa de marcação?

Gino – Corinthians e Vasco em São Januário, eu marquei o Edmundo. Só Deus, né? Nossa…

Boteco – Como foi?

Gino – O jogo foi 0 a 0, fiz um jogo muito legal. Eu já tinha jogado com ele no Corinthians.

Boteco – Já tinha uma certa amizade?

Gino – Tinha, eu gostava dele e ele gostava muito de mim, e graças a Deus que a cotovelada que ele tentou me acertar não pegou, senão eu não estava aqui para falar (risos).

Boteco – Mesmo sendo amigo?

Gino – Edmundo era brincadeira. Era o jeito dele, explosivo. Não admitia que os jogadores tirassem a bola dele com um pouco mais de tranquilidade ou o dia que não estava legal pra ele.

Boteco – Quem foi seu melhor amigo no futebol?

Gino – No Corinthians, logo que eu subi, primeira concentração foi com Viola, mesmo quarto. Cheguei no quarto, falei: “meu pai, Viola, não”. Viola no auge. Ele falou: “e aí juvenil”. Pensei: “estou morto com esse cara”. Então, mas depois foi engraçado. Eu falei pra ele: “não sou tiete, mas vou precisar levar sua camisa embora, cara, primeira concentração minha tenho que levar sua camisa embora, não quero nem saber”. Fui pego de surpresa na minha primeira convocação. Eu estava nos juniores e o Nelsinho me chamou para eu completar um recreativo do profissional, acabou o recreativo ele falou: “você vai concentrar, a perua vai com você até sua casa buscar sua roupa e vai te levar pro hotel”. Eu tive muitos amigos no futebol. De convivência de clube. Esses caras que eu participei como Marques, Embu, Hermes, cresceram comigo, André Santos, Silvinho, você já vem com a amizade lá de baixo. Neto foi um cara que me ajudou muito. Dava dinheiro, dava roupa, chuteira, tênis. Neto, nós fomos fazer um jogo do juvenil, Corinthians x São Paulo lá no CT da Barra Funda, goleiro do São Paulo era o Alexandre. Era um baita de um goleiro. Ele teve a infelicidade de falecer. Não tirando os méritos do que é o Rogério Ceni. Mas o Fu (Alexandre) tava na frente do Rogério. Aí nós fizemos esse jogo do juvenil, 1 a 1, e eu fiz um gol de falta no Alexandre. Aí o Neto entrou no vestiário: “você que fez o gol de falta?”. “Foi”. “Passa amanhã no clube e pega uma chuteira que eu vou te dar de presente porque você joga muito”. E aí no nosso vestiário, ele dava acesso ao vestiário do profissional, dava pra ver por uma janelinha. E eu não via a hora de ver o Neto passar na janelinha pra pegar minha chuteira. E o Neto ia aparecer para treinar no dia seguinte? Mas nem ferrando. Não treinava quase nunca. Aí ele mandava o massagista todo dia me buscar lá no terrão pra treinar falta com ele, antes de subir pro profissional.

Boteco – Te adotou?

Gino – Como se fosse um filho dele. Eu ficava treinando com ele. Nossa, fiz muitos gols de falta, a maioria dos meus gols foi de falta. Foi um cara que me ajudou demais. Fora ele tive uma relação muito boa com Ayupe, Alcindo. Alcindo é uma figura. Pega um cara milionário, mas simples…

Boteco – Valeu, Gino!

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