sábado, setembro 14, 2024
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Fabiana Murer: curiosidades e má sorte em experiências olímpicas

No último capítulo de seu bate-papo no Boteco, a ex-atleta Fabiana Murer, bicampeã mundial de salto com vara, aborda curiosidades e insucessos em Olimpíadas.

Boteco – Como é o clima da Vila Olímpica? Chegou a ver algum ídolo de outro esporte que você admirava?

Fabiana – A Vila Olímpica é muito legal, muito grande, são muitas coisas acontecendo. E tem de tudo lá. Se o atleta tá lá só para competir, concentrado, ele fica focado no dele. Ou, se o atleta quer bagunça, também tem bagunça. Você encontra de tudo. Mas, realmente, os atletas que estão disputando uma medalha, que tem condições, acabam ficando mais concentrados, mas é muito legal ver atletas de outros países, outras modalidades. Por exemplo, eu encontrei com o time de basquete masculino dos Estados Unidos, a seleção brasileira de futebol, eles não ficam na Vila, mas eles vão visitar a Vila, encontrar Federer, Nadal, Phelps, já encontrei todos esses atletas na Vila, então é um momento que você consegue encontrar seus ídolos, mas, ao mesmo tempo, tem que manter a concentração, para sua competição. E lógico que esses grandes atletas também querem manter a concentração. Então, não dá para ficar muito em cima deles.

Boteco – Chegou a pedir autógrafo, tirou foto com alguém?

Fabiana – Ah, tirar uma foto, sim, sim, tirar uma foto todo mundo fica com vontade, mas também tem momento certo. Você não vai pegar uma hora que o atleta está almoçando, parar o almoço dele para tirar foto. Então, acho que tem que ter um pouco de noção ali, de bom senso de quando pedir. E é muito legal que você vê: tá saindo do refeitório uma menina bem baixinha e um cara bem altão. Você fala: aquela menina é da ginástica e o cara é do basquete, dá para identificar bem as provas que cada um faz pelo estilo do corpo.

Boteco – Além do sumiço da vara em Pequim, houve o caso do vento em Londres e da hérnia de disco no Rio. Você acabou em anos olímpicos não tendo a mesma sorte dos Mundiais?

Fabiana – É, eu nunca tive muita sorte em Jogos Olímpicos, em Pequim teve o problema da vara, que sumiu. Em Londres, tive alguns problemas de lesão também no começo do ano que tirou um pouco a minha técnica. Mas quando chegou nas Olimpíadas, eu tava sem dor, mas as atletas mais leves, por conta do vento inconstante… Não é como o 100 metros, que todo mundo tá correndo junto. Às vezes, a atleta pega um vento melhorzinho, às vezes, outra pega um vento pior. E as mais leves tiveram dificuldades, teve uma menina que quebrou o pé, outra quebrou a mão. Não consegui classificar à final, mas não me machuquei, mas nunca tive muita sorte em Olimpíadas, meu negócio era Mundial (risos).

Boteco – Nas competições, vocês se concentram totalmente no salto de vocês ou dão uma olhada nas outras, dão aquela
secada? Ou não pode secar, tem que ficar muito concentrada?

Fabiana – (risos) Eu fico muito concentrada, dou uma olhadinha para ver como que tá a sequência da prova, quem tá na frente ou não, mas nunca gostei de pensar, tomara que essa atleta erre. Sempre gostei de pensar: preciso ir melhor que ela. Não gosto de torcer contra, sempre pensei: tenho que ir melhor que a adversária.

Boteco – Valeu, Fabiana!

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