Liberado pelo Ituano, onde comemorou o título paulista, Fábio Guerreiro, o Fabinho, foi definido como o preparador físico da seleção brasileira feminina, comandada pelo técnico Osvaldo Alvarez, o Vadão. Depois de um período de treinamentos em Pinheiral-RJ, de 2 a 10 de junho, Fabinho partiu para o exterior para uma série de três amistosos de preparação para o Sul-Americano, que será no Equador, valendo vaga para a Copa do Mundo, do Canadá, em 2015.
Nos dias 16 e 19, a equipe empatou com a seleção neozelandesa em Nova Zelândia, respectivamente, em 1 a 1 e 0 a 0. No dia 11, a seleção havia empatado com a França em 0 a 0, na Guiana Francesa. O time sentiu a ausência de Marta, contundida.
O convite para a seleção surgiu logo após o Paulistão. Curiosamente, quando o convidou, Vadão não havia se atentado que o preparador se tratava do mesmo Fabinho, de Mogi Mirim, com quem havia trabalhado por um mês no São Caetano. Fabinho foi indicado por profissionais do meio do futebol pelo trabalho no Ituano, onde aprendeu muito com o coordenador de preparação física, Anselmo Sbragia, preparador físico da seleção brasileira masculina e agora no Atlético Paranaense, acompanhando Doriva.
Inicialmente, Fabinho ficou na seleção por 10 dias durante observação de atletas da categoria sub-20 por Vadão. Agora, foi a primeira experiência de toda a comissão técnica na seleção principal. Como é funcionário do Ituano, a CBF mandou uma convocação ao clube. “Conversei com o Juninho (gestor), que aceitou numa boa por ser seleção brasileira”, conta Fabinho.
A oportunidade de trabalhar na seleção feminina, depois de já ter tido uma experiência na seleção de futsal, é vista como uma mescla de surpresa e realização de sonho. “Chegar a qualquer tipo de seleção independente se é feminina, masculina ou futsal é muito gratificante. É muita responsabilidade. Estamos aqui para marcar nossa passagem com muita dedicação e trabalho”, comenta.
As diferenças em relação ao trabalho com homens são inúmeras, como volume e intensidade de treinos, que consideram as questões hormonais. “Também tem as coisas do dia. Além de ser diferente lidar com elas nos treinamentos, elas falam e argumentam bastante até nos aquecimentos, muito mais do que os homens. A gente dá dura com jeitinho”, brinca, revelando que está se especializando, aprendendo e se atualizando sobre as peculiaridades da preparação feminina.
Por outro lado, pretende seguir seu trabalho no futebol masculino. “Também pretendo ficar no masculino até onde for possível, tentar ficar nos dois, porque como se trata de seleção, são convocações”, explicou.