O tenente Eduardo Jorge Marques, faz um alerta à população quanto a diversas ocorrências nos últimos dias referente ao ‘golpe do sequestro’. No início da manhã de sexta-feira passada, um supervisor de 43 anos de idade, residente no bairro Santa Clara, acreditou que a filha adolescente tivesse sido sequestrada e, dos R$ 15 mil solicitados pelos bandidos, chegou a transferir R$ 1 mil para a conta indicada.
Policiais militares encontraram o supervisor no momento em que ele fazia a transação em uma lotérica do Parque Cidade Nova, na vizinha Mogi Guaçu. Assustado e com os bandidos dando ordem ao celular, ele não aceitou a orientação dos policiais de entregar o telefone e cancelar o depósito. Até que um dos PMs conseguiu tirar o celular das mãos dele e constatou-se que tratava-se de um golpe. A menina supostamente sequestrada estava na escola, em Mogi Mirim.
O número da chamada era restrito, porém o pai acreditou que fosse o aparelho da filha. Surpreendido pela ligação enquanto viajava com um amigo, ele atendeu as ordens dos bandidos de não desligar o celular e prontamente fazer a transferência do dinheiro.
A polícia foi chamada pelo colega de trabalho do pai, que dirigia o caminhão da empresa. Ele contou aos policiais que o amigo apenas pediu para descer do veículo, que estava sendo vigiado e que a filha tinha sido sequestrada, saindo em disparada pelas ruas do Parque Cidade Nova. Foi quando os policiais fizeram o cerco e o localizaram.
A pressão para não desligar o celular, e a informação falsa de que alguém o está vigiando, além da voz de outra pessoa chorando ao fundo da ligação causa uma pressão emocional na vítima. “Nesses casos, as pessoas esquecem-se de algo básico: tentar entrar em contato com a vítima. É melhor manter a calma, e tentar saber onde o familiar supostamente sequestrado está”, orientou o tenente Marques. (com informações de Karina de Araújo)
